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Paraguai prevê bioceânica para maio e cobra ponte sobre Rio Apa

O presindente paraguaio destacou que o Paraguai já conta com o projeto da nova ligação

Por Lucia Morel | 02/10/2025 14:47
Paraguai prevê bioceânica para maio e cobra ponte sobre Rio Apa
Governador Eduardo Riedel; ministra de obras do Paraguai, Claudia Centurión; presidente Santiago Peña; e a ministra Simone Tebet. (Foto: Ministério de Obras do Paraguai)

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, afirmou nesta quinta-feira (2) que a ponte da Rota Bioceânica, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, deve ser inaugurada em maio de 2026. Durante visita técnica às obras, o chefe de Estado também defendeu que o Brasil ajude a tirar do papel outro projeto considerado estratégico: a construção de uma ponte sobre o rio Apa, que ligaria o departamento de Concepción, no Paraguai, a Mato Grosso do Sul.

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A ponte da Rota Bioceânica, ligando Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, no Paraguai, tem previsão de inauguração para maio de 2026, conforme anunciou o presidente paraguaio Santiago Peña. A obra, com 82% de conclusão, representa um investimento de US$ 136 milhões financiados pela Itaipu Binacional. Durante visita técnica, autoridades paraguaias solicitaram apoio do Brasil para a construção de outra ponte estratégica sobre o rio Apa, conectando San Lázaro a Porto Murtinho. A estrutura funcionaria como via alternativa de acesso à Rota Bioceânica, que integrará os portos de Santos (SP) e Antofagasta (Chile).

Esse segundo projeto vem sendo discutido desde julho do ano passado e prevê a ligação entre San Lázaro, em Concepción, e Porto Murtinho, funcionando como alternativa de acesso à ponte da Bioceânica. No evento desta manhã, a prefeita de San Lázaro, Joaquina Azuaga Ramirez, aproveitou a presença da ministra do Planejamento, Simone Tebet, para reforçar o pedido.

Peña destacou que o Paraguai já conta com o projeto da nova ligação. “Vamos trabalhar para que esse sonho se torne realidade o mais rápido possível”, disse, referindo-se à ponte sobre o rio Apa.

Sobre a obra em andamento, o presidente ressaltou que a Bioceânica representa mais que uma estrutura física. “Não é apenas uma ligação entre dois países, mas uma união de sonhos e futuros. Quero atravessar a ponte já pronta em maio do próximo ano. Quero cruzá-la e que todos nos unamos de mãos dadas, porque este projeto une dois povos com história, presente e futuro compartilhados”, afirmou.

Acompanhado da ministra de Obras Públicas e Comunicações, Claudia Centurión, Peña ressaltou que a ponte é resultado de uma luta de décadas, que agora começa a se concretizar. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, participou da agenda e reafirmou a importância da integração regional, ao lado de autoridades e legisladores dos dois países.

A visita de Peña ao Brasil tem foco em Mato Grosso do Sul. Além de Porto Murtinho, a programação inclui Dourados, Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. Em Dourados, ele vai conhecer uma unidade frigorífica da JBS; na Capital, será recebido na noite de hoje e amanhã participa de café da manhã com empresários na Fiems (Federação das Indústrias de MS). Ainda nesta sexta-feira, visita a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.

Obra estratégica – Com 82% de avanço, a ponte da Bioceânica terá 1.294 metros de extensão, duas faixas em cada sentido e passarela para pedestres. O investimento, de mais de US$ 136 milhões, é financiado pela Itaipu Binacional. A estrutura vai ligar Carmelo Peralta, no Paraguai, a Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, sendo peça central do Corredor Vial Bioceânico, que conectará os portos de Santos (SP) e Antofagasta (Chile).

Claudia Centurión lembrou que, no início, havia ceticismo quanto à viabilidade do projeto. “Diziam que não passaria nem um veículo, mas o então ministro Santiago Peña afirmou que era uma decisão de país, uma estratégia geopolítica para conectar a região com os mercados mais dinâmicos do mundo”, disse.

Para a ministra, a ponte simboliza mais que infraestrutura. “Ela é um símbolo de união. Tira o Paraguai da condição de mediterrâneo e nos conecta ao Pacífico e ao Atlântico. É um dia histórico para todos”, completou.

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