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Cidades

Quem protesta contra restrições é "mensageiro da morte", diz secretário

Durante transmissão ao vivo, Geraldo Resende, pediu que população respeite medidas restritivas

Guilherme Correia | 17/03/2021 11:50
Secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, durante transmissão na manhã de hoje (Foto: Reprodução/Facebook)
Secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, durante transmissão na manhã de hoje (Foto: Reprodução/Facebook)

Protestos feitos contra medidas restritivas reforçadas pelo governo estadual, em decreto vigente para tentar conter pandemia de covid-19, corroboram, na visão do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, com altos índices de mortes pelo coronavírus no Estado.

Nesta quarta-feira (17), boletim epidemiológico trouxe recorde de mortes pelo segundo dia consecutivo ao confirmar 42 vítimas em 24 horas.

Na semana passada, empresários se manifestaram em frente a prefeitura contrários às medidas e no domingo, carreata organizada por "apoiadores" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era contrária a restrições de mobilidade urbana.

"Há uma coisa muito triste: pessoas querendo contestar o decreto, como aconteceu no Amazonas. Foram às ruas, fizeram com que administradores retrocedessem de acordo com essas manifestações, e deu no que deu. Faltou oxigênio, insumos, leitos e as pessoas morreram nas portas dos hospitais sem ter acesso a um tubo para ter oxigênio para poderem respirar", disse durante transmissão oficial feita na manhã de hoje.

Essas pessoas que organizaram esse tipo de manifestação estão sendo os mensageiros da morte, mas não nos trazem nenhum pavor ter que enfrentar [eles]", disse.

Entre as novas medidas que causaram polêmica, há ampliação do toque de recolher tanto em dias de semana, vigente a partir das 20h, quanto aos fins de semana, quando a medida tem início às 16h. Em todos os dias, a restrição é válida até 5h do dia seguinte.

O Campo Grande News já abordou todas as mudanças, válidas até 27 de março, em matéria publicada na semana passada.

O titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde) também mencionou atuação de políticos frente ao combate a pandemia, e culpabiliza aqueles que tenham não tenham se baseado em evidência científicas.

"Autoridades, sem ser da saúde, fizeram recomendações equivocadas, distorcidas. Na maioria das vezes, sem lastro da ciência e estamos aí com esse cenário muito grave. Nos ajudem, para que o decreto que está em vigência seja de fato atendido", argumentou.

Para ele, o mesmo vale também para a população sul-mato-grossense. Nos dois primeiros dias de novo decreto, dados da plataforma InLoco mostram que o Estado se posicionou nas piores posições na taxa de isolamento social. "A gente faz um apelo a aqueles que verdadeiramente que gostam das suas vidas. E, de fato, não dá boca para fora", disse.

"Porque tem muitos que só verbalizam mas não praticam aquilo que fala, que verdadeiramente amam suas famílias, que as preservem e atendam os apelos das autoridades sanitárias", finalizou.

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