ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 27º

Cidades

Rede de oxigênio do HR está sobrecarregada, diz sindicato dos médicos

Com leitos lotados e poucos medicamentos, profissionais defendem o “lockdown”

Tainá Jara | 18/03/2021 14:38
Oxigênios utilizados no Regional (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Oxigênios utilizados no Regional (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Sem leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva),  o sistema de saúde também enfrenta a sobrecarga da rede de oxigênio no Hospital Regional, unidade de referência no tratamento da covid-19, em Mato Grosso do Sul. A denúncia foi feita pelo Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) que se posiciona a favor do “lockdown”, diante da situação de colapso do SUS.

“A situação está crítica, já temos casos de vermos pais e filhos perderem suas vidas para a doença em curto espaço de tempo. Chegou hora de adotarmos medidas mais enérgicas, como o lockdown, por ao menos dez dias”, declara o presidente do Sinmed MS, Marcelo Santana.

A informação sobre a sobrecarga na rede de oxigênio do HRMS chegou ao conhecimento da entidade, nesta quinta-feira (17), por meio de ofício, no qual destaca-se que além dos leitos comuns, o hospital possui os de “retaguarda provisórios”, nos quais os pacientes aguardam decisão clínica ou leito no pronto-atendimento, são as salas vermelha e azul.

Conforme o documento, nos locais, há, conforme necessidade, disponibilidade de ventiladores. “Os quais são utilizados, infelizmente, nas ultimas 24h tivemos oito pacientes intubados na área vermelha –I, 05 intubados na área vermelha-II, e oito pacientes com máscaras de alto fluxo”, diz o ofício.

Outra informação preocupante é que nas alas de enfermaria, os pacientes têm ficado, em sua maioria, com cateteres de oxigênio. “Dos pacientes internados, 178 pacientes com alto fluxo e 55 com cateteres de oxigênio, totalizando 233 pacientes dependentes de oxigênio”.

A situação preocupa a categoria. “Estamos vivendo um momento extremamente adverso e, mesmo diante dos esforços do Poder Público e dos profissionais da área da saúde, se a sociedade não colaborar – no sentido de se proteger e evitar adoecer – teremos esse quadro muito agravado”, diz o presidente do Sinmed-MS.

Aumento da contingência – O ofício também pontua que a quantidade de oxigênio que “chega ao HRMS e é alocado em nossos tanques, estes conforme os contratos licitatórios, estão resguardados e a empresa responsável tem nos garantido este suporte contínuo e reiterado que o mesmo não faltará, salvo contingência maior”.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a administração do Hospital e Regional, mas não obteve retorno até o fechamento.

Nos siga no Google Notícias