Superação, festa e companheirismo marcam São Silvestre para atletas de MS
Segundo os relatos, o evento tem caráter muito mais comemorativo que competitivo e é marcado por gritos de incentivo do público

O importante não é vencer, mas participar não é frase clichê na boca dos atletas amadores de Mato Grosso do Sul que participaram da corrida de São Silvestre nesta terça-feira (31), em São Paulo. Segundo eles, o 15 quilômetros do percurso são marcados por superação, festa e companheirismo.
Concluir o percurso sem ficar cansado demais foi “vitória” para o militar da reserva, Paulo Pedro Loschi Silva, de 55 anos, que decidiu priorizar a corrida após vencer uma luta contra o câncer em 2017. “Meu objetivo era modesto. Consegui e estou bem”, diz.
A corrida de São Silvestre foi a mais longa percorrida por Loschi até hoje, mas ele afirma ter novos planos. Até os 60 anos, ele pensa em correr uma maratona e já para agosto de 2020 tem projeto de correr 21 quilômetros.
"Tem que colocar meta e tentar superar. É para a gente mesmo. Não me importo com o tempo dos outros. A briga na corrida é sempre com você”, declara.
E enquanto o atleta tenta superar o cansaço e concluir a plateia ajuda com grito de incentivo e aplauso, conforme conta a ultramaratonista Lucineide Muniz Daguila da Silva, de 54 anos, que corre desde 2006. “É uma festa”, resume.
Lucineide já participou de várias edições da corrida de São Silvestre e conta que as experiências são únicas a cada edição. “É maravilhoso! É muito inexplicável o que a gente sente quando está correndo”.
Essa “sensação inexplicável” mantém o casal de empresários Paulo Roberto Donato, de 65 anos, e Mary Donato, de 63 anos, nas pistas de corrida há mais de 20 anos. “Quando corrida ainda nem era modinha”, brinca Paulo.
Os dois já participaram várias vezes da São Silvestre e também de corridas em Nova Iorque, Paris, Lisboa, Berlim. “cada uma é uma emoção diferente que te marca. Em cada uma você aprende um pouco mais”diz o empresário.
Desta vez o desafio maior foi para Mary que estava gripada, mas conseguiu concluir o percurso, conforme conta o marido que chegou a achar que ela não faria a prova. Os dois correram juntos e conseguiram voltar para casa com a medalha de participação. “É uma festa terminar o ano correndo”.