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Cidades

Com tempo seco tem gente dormindo sentado para ver se respira melhor

Elverson Cardozo | 31/07/2013 18:04
Nesta quarta-feira, Campo Grande registrou 19% de umidade relativa do ar, segundo o Inmet. (Foto: Elverson Cardozo)
Nesta quarta-feira, Campo Grande registrou 19% de umidade relativa do ar, segundo o Inmet. (Foto: Elverson Cardozo)
Franciele sofre tanto com o tempo seco que, para respirar melhor, prefere dormir sentada. (Foto: Pedro Peralta)
Franciele sofre tanto com o tempo seco que, para respirar melhor, prefere dormir sentada. (Foto: Pedro Peralta)

Desde que o frio foi embora e o sol deu as caras na Capital do Mato Grosso do Sul, Franciele Souza Silva, 21 anos, está tendo que dormir sentada. Foi a única maneira mais prática, e eficaz, que ela encontrou para respirar melhor nesse tempo seco. “Parece que destranca um lado do nariz”, conta.

A operadora de caixa sempre sofre quando a umidade cai, mas, depois de tantos anos, aprendeu que não há muita coisa a se fazer, a não ser adotar medidas conhecidas, que podem prevenir ou evitar o agravamento de doenças respiratórias.

A solução, para além, além da hidratação, é ligar o umidificador e molhar a casa inteira, para tentar, pelo menos, dormir melhor, mesmo sentada.

“Tenho problema com esse tempo. Sinto falta de ar e não consigo dormir”, contou, ao dizer, que prefere mesmo é o calor, mas não gosta nenhum pouco dessa época do ano, que insiste em “torrar” as folhas das árvores.

Não é só ela que reclama. Nas ruas de Campo Grande, muita gente está sentindo na pele. Nem precisa de números oficiais ou de dados metereológicos para perceber que alguma coisa, no tempo, mudou.

Mas é bom avisar que a Capital registra, nesta quarta-feira (31), 19% de umidade, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Metereologia). O índice, segundo especialistas, caracteriza estado de alerta.

A família de Laissa Gimenez, 17 anos, está em alerta máxima. Ela, o marido, Cristovão Melgarejo, 20, e a filha, Bianca, de 6 meses, estão gripados, com a garganta seca e respirando com dificuldade. “No frio já estava bem seco, agora está pior”, comentou a jovem.

 Laissa, o marido, Cristovão, e a filha, Bianca, de 6 meses, estão gripados. (Foto: Pedro Peralta)
Laissa, o marido, Cristovão, e a filha, Bianca, de 6 meses, estão gripados. (Foto: Pedro Peralta)

Para ele, o agravante é a profissão. Cristovão é servente de pedreiro e lida, quase todos os dias, com muito pó. Como precisa trabalhar para sustentar a casa, não há alternativa, senão por a mão na massa, literalmente. “Vou na marra”, confessa.

Por enquanto, ninguém procurou o médico, mas aquelas “dicas” de avó – e de especialistas – já foi posta em prática. “Estou usando toalha molhada e colocando um balde com água perto da cama”, contou Laissa.

Ao contrário da família que enfrenta um martírio nesse tempo seco, a secretária Lucia Santos, de 46 anos, passa por esse período de forma mais tranquila porque não sente muita diferença, mas, ainda assim, não abusa da boa saúde.

“Uso muito hidratante e as vezes sorine no nariz”, conta. “Crianças, idosos, bebês e pessoas que tem alergia devem sofrer bastante”, completou.

Baixas umidades - Pelo menos 11 cidades de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande, registram, hoje (31) umidade relativa do ar abaixo ou no máximo a 20%, o que caracteriza, segundo os metereologistas, estado de alerta. Seis desses municípios estão, com os índices mais baixos do país nesta quarta-feira.

Baixa umidade na Capital caracteriza estado de alerta, segundo especialistas. (Foto: Elverson Cardozo)
Baixa umidade na Capital caracteriza estado de alerta, segundo especialistas. (Foto: Elverson Cardozo)

Os dados fornecidos pelo Inmet apontam que Inhumirim, no Pantanal da Nhecolândia, e Água Clara registram umidade a 17%, enquanto em Sonora, Coxim, Costa Rica e Rio Brilhante o índice fica em 18%.

Abaixo dos 20% - No quesito “tempo seco”, as seis cidades de MS só ficam atrás de Goiânia que aparece, hoje, como 16% de umidade, o registro mais baixo em todo o país, segundo o Inmet.

No Estado, abaixo dos 20% estão Cassilândia, Campo Grande e Dourados, com 19%. Ponta Porã e Sidrolândia aparecem com 20%.

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