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Cidades

Abertura de nova via gera impasse no jardim Tarumã

Redação | 15/09/2010 12:06

A desocupação de áreas por onde vai passar uma nova avenida, como parte do projeto PAC-Lagoa, está gerando impasse no Jardim Tarumã, em Campo Grande. Um dos proprietários de chácaras na região afirma que teve sua área invadida pela empreiteira responsável pelo serviço.

O pequeno produtor rural Otaviano Justino Pereira, de 60 anos, conta que a via passa dentro da propriedade de 3,8 hectares que comprou há 5 anos, como remanascente da fazenda Ribeirão da Lagoa. Ele reclama que não houve notificação prévia antes da desocupação.

Ex-trabalhador em fazendas que juntou dinheiro para comprar uma pequena área, Otaviano era a imagem da tristeza esta manhã, ao ver as máquinas avançando no terreno que diz ser seu.

"Eu tenho meus 60 anos e nunca procurei confusão com ninguém", afirmou, com olhos cheios de água.

Ele perdeu apenas parte da propriedade, mas afirma que vai ficar sem a fonte de água usada para alimentar os animais, um reservatório implantado para aproveitar a água vinda de uma mina.

Para a prefeitura, o trecho a que ele se refere, uma faixa da chácara à margem do córrego Lagoa, é área verde e por isso não poderia estar sendo ocupado.

Funcionários da empreiteira Henge, responsável pelos serviços, informaram que houve notificação, e que os trabalhos ficaram parados por 40 dias, por causa da negativa do dono de uma das áreas atingidas em permitir o avanço.

Eles só foram retomados hoje, após um mandado judicial ser expedido. Com máquinas pesadas, os funcionários da empresa derrubaram cerca e uma plantação de bananas.

Ao todo, 18 pequenas propriedades estão tendo áreas tomadas para a passavem da via, que dará acesso ao novo anel viário que será implantado nas proximidades, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Um dos vizinhos, que não quis ser indentificado, confirmou que houve notificação de que eles teriam de desocupar a área em questão.

Lugar errado - O advogado de Otaviano afirma que o mandado judicial que a prefeitura tem não se refere à matrícula da propriedade dele. "Além disso, essa alegação de que por ser área verdade é domínio público está incorreta. Esta é uma área verde de domínio particular".

O defensor protocolou na justiça uma ação de interdito proibitório, no dia 3 de setembro, pare tentar impedir que área sofresse qualquer modificação, mas não houve decisão ainda.

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