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Cidades

Acusados de executar delegado são três e valor do crime seria R$ 600 mil

Graziela Rezende e Edivaldo Bitencourt | 28/08/2013 15:34
Delegado foi executado com seis tiros no bairro mais nobre de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Delegado foi executado com seis tiros no bairro mais nobre de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A Polícia investiga o envolvimento de três homens com a execução do delegado aposentado e professor universitário Paulo Magalhães Araújo, 57 anos, no dia 25 de junho deste ano no Jardim dos Estados. Os pistoleiros podem ter cobrado R$ 600 mil para matar o policial aposentado. O terceiro suspeito, Rafael Leonardo dos Santos, está foragido. Outros suspeitos são parentes supostamente envolvidos no crime.

Conforme a investigação feita pela força-tarefa criada para investigar o crime, parentes dos presos estão envolvidos na execução do delegado. Outro fato que está sendo investigado seria o valor que o guarda municipal José Moreira Freires recebeu para atirar na vítima e o que ele teria feito com o dinheiro. Para a pistolagem, ele teria recebido em torno de R$ 500 mil.

Segundo fontes policiais, o guarda possui um patrimônio muito superior ao que deveria com o seu salário. Além dele, o comparsa que pilotou a moto teria recebido algo em torno de R$ 100 mil. A polícia tem dois suspeitos de terem sido o piloto da moto, Antonio Benites Cristaldo, que já está preso, e Rafael Leonardo dos Santos.

Ambos possuem familiares que podem estar envolvidos no crimes. Um dos acusados seria parente de Rafael e já responde por um latrocínio (roubo seguido de morte).

Assim que tiveram o mandado de prisão temporária expedido, o guarda municipal José Moreira e Antonio Benites se apresentaram "espontaneamente" ao Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). O primeiro tem como defensor o advogado criminalista Renê Siufi, que disse ontem (27) ao Campo Grande News que a Polícia possui um “álibi” para manter preso o seu cliente.

Já o terceiro envolvido ainda não foi identificado. Com o achado de um cadáver próximo ao lixão, na saída para Sidrolândia, sem braços, pernas e a cabeça, houve a especulação de que poderia se tratar de um suspeito, porém a hipótese já foi descartada.

O caso continua sendo investigado por agentes da DEH (Delegacia Especializa em Repressão a Homicídios), da 1ª Delegacia de Polícia e do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos, Assaltos a Bancos e Sequestros).

Execução - Paulo Magalhães foi assassinado no dia 25 de julho deste ano. O delegado aposentado morreu quando buscava a filha na escola, no bairro Jardim dos Estados. Ele foi atingido por cinco dos seis tiros de uma arma de calibre nove milímetros, de uso restrito do Exército.

O assassinato vem causando polêmica e até levou a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a pedir ao Ministério da Justiça a investigação pela Polícia Federal. A entidade teme que o crime fique impune, como ocorreu com os assassinatos de Edgar Pereira e Eduardo Carvalho.

Os dois homicídios seguiram o mesmo trâmite de Magalhães, foram colocados sob segredo de Justiça e até hoje não houve a punição dos envolvidos na execução.

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