ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

Agepen transfere dois presos acusados de vender droga na Máxima

Dezidério Silva Araújo e Reginaldo Rodrigues Ortega são acusados de fornecer droga a pacientes da ala psiquiátrica e extorquir familiares exigindo até pagamento com sexo

Helio de Freitas, de Dourados | 09/08/2018 16:37
Dupla foi transferida do Presídio de Segurança Máxima da Capital (Foto: Arquivo)
Dupla foi transferida do Presídio de Segurança Máxima da Capital (Foto: Arquivo)

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) transferiu para outra unidade penal os detentos Dezidério Silva Araújo e Reginaldo Rodrigues Ortega, o "Perriado".

Os dois são acusados de uma série de agressões, uso indiscriminado de drogas e ameaças constantes a familiares dos internos da ala psiquiátrica do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair de Carvalho, em Campo Grande, segundo denúncia que chegou à reportagem do Campo Grande News e que já está sendo investigada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Através da assessoria de imprensa, a direção informou que imediatamente após a reportagem procurar a Agepen nesta quarta-feira (8), os internos foram retirados do serviço e transferidos até a conclusão da investigação.

Segundo a denúncia, na ala onde presos deveriam receber tratamento psiquiátrico imperam o medo, as agressões, a venda de drogas e até extorsão.

Dezidério e Reginaldo, que deveriam auxiliar nos serviços são apontados como responsáveis pelos abusos. A dupla usa os dias trabalhados para reduzir a pena, mas aproveitava a “posição de poder” para conseguir dinheiro.

Dentro do pavilhão de saúde, os dois manteriam esquema de venda de cocaína e com agressões físicas, forçam os presos psiquiátricos a consumirem entorpecentes.

Depois a dívida é cobrada diretamente dos familiares, que para não verem os parentes espancados, depositam dinheiro em contas bancárias ligadas aos dois. Comprovantes enviados à reportagem mostram depósitos de R$ 100 a R$ 200 feitos por parentes dos presos.

Quem não tem como pagar as dívidas dos filhos, os presos exigem favores sexuais, segundo a denúncia. “Essas mães são ameaçadas e induzidas a fazerem sexo com Dezidério e Reginaldo. Por medo de que algo aconteça com seus filhos, elas aceitam”, descreveu o denunciante.

Dezidério Silva Araújo está condenado por sete roubos e um latrocínio - roubo seguido de morte. A pena soma 76 anos e dois meses de prisão. O histórico de remição de pena, anexado aos processos o suspeito, mostra que o preso já trabalhou em vários setores do presídio, como cozinha, manutenção e a padaria.

Reginaldo Rodrigues é de Aquidauana e responsável por vários crimes naquela cidade. Ele soma 58 anos e cinco meses de prisão e já cumpriu 16 anos e oito meses.

Nos siga no Google Notícias