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Cidades

Alvo de investigação da PF, criadouro de jacarés é atração em programa de TV

Ana Paula Carvalho | 11/09/2011 13:14

Após ser preso e solto pagando fiança, e ser multado em R$ 297,5 mil pelo órgão ambiental, em razão das irregularidades constatadas pela Polícia Federal no dia 17 de agosto, Gerson Bueno Zahdi, de 64 anos, participou neste domingo do programa de TV Domingo Legal do SBT.

No quadro, David Brasil e duas assistentes de palco, estiveram no criadouro de jacarés que pertence a Gerson. Eles passaram um dia na região, onde conheceram o local onde os jacarés ficam e se embrenharam na mata. O trio chegou a comer carne de jacaré, que um dos pontos de investigação da Polícia.

Multa - Foram lavrados três autos de infração. Dois, no valor de R$ 217 mil, são por manter em depósito subprodutos de animais (no caso a carne de jacaré), no criadouro e na pousada de Zahdi, sem autorização para isso. O terceiro auto de infração foi por transporte ilegal de animais e carne de jacaré, no valor de R$ 80 mil.

O funcionário do Ibama é dono do criadouro, o único com autorização oficial no Estado, há mais de 15 anos. O Ibama diz que a atividade de criação de jacarés em confinamento está legal, mas Zadhi não tinha autorização nem para transportar nem para manter carne do animal estocada.

Os documentos do Ibama serão encaminhados à Polícia Federal para constar do inquérito por crime ambiental aberto contra ele.

Como foi - O criador, a esposa, Rosaura Dittmar Duarte, e a filha, A. K. B. Z., passaram a noite do dia 17 para 18 de agosto presos em Campo Grande e pagaram fiança de R$ 27 mil para deixar a prisão e aguardar a condução do inquérito em liberdade.

Primeiro, foi presa a filha, transportando no carro dois isopores com 43 cabeças de jacarés e 96 animais inteiros. No outro recipiente, estavam 11 pacotes plásticos, com aproximadamente um quilo de filé de jacaré cada um. Todo o material não tinha autorização ambiental ou documentação fiscal, conforme a PF.

No dia seguinte, após ser liberado, Zahdi deu entrevista ao Campo Grande News e disse envergonhado e deprimido pelo que ocorreu. Considerado referência no Brasil e fora do País na criação de jacarés do Pantanal, ele disse que faz tudo de acordo com as regras e que a falta de uma das licenças foi um “lapso”.

Além dos crimes ambientais, o inquérito aberto contra ele apura se houve algum tipo de benefício pelo fato de trabalhar no Ibama.

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