ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Cidades

Alvo do MP, empresa que explora bitcoins só responde a 1 ação de cobrança em MS

A investigação no MPMS, contudo, surgiu de denúncias feitas por pessoas que investiram no negócio e não tiveram o retorno financeiro esperado

Anahi Zurutuza | 18/04/2018 11:52
Palestrantes da MinerWorld em São Paulo, em abril de 2017 (Foto: MinerWorld/Divulgação)
Palestrantes da MinerWorld em São Paulo, em abril de 2017 (Foto: MinerWorld/Divulgação)

Alvo da Operação Lucro Fácil e investigada por golpe que pode ter feito até 70 mil vítimas pelo mundo, a MinerWorld, que se apresenta como mineradora da bitcoins com sede no Paraguai e unidade em Campo Grande, responde a uma só ação de cobrança em Mato Grosso do Sul.

No processo, o cobrador alega ter investido R$ 8.855 na proposta feita pela empresa e que não recebeu os pagamentos prometidos.

A Miner teria garantido que o investidor receberia R$ 1.437,45 por mês, total de R$ 17.710,00 em um ano. Ele comprou os bitcoins da empresa em novembro do ano passado e até 6 de abril deste ano, quando ingressou com a ação.

Por outro lado, investigação no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) surgiu de denúncias feitas por pessoas que investiram no negócio e não tiveram o retorno financeiro esperado. Fora isso, sobram na internet reclamações de investidores vítimas do que a 43ª Promotoria de Justiça do Consumidor classifica como esquema de pirâmide financeira.

Agentes do Gaeco com documentos e computador apreendido durante operação nesta manhã (Foto: Liniker Ribeiro)
Agentes do Gaeco com documentos e computador apreendido durante operação nesta manhã (Foto: Liniker Ribeiro)

Lucro fácil – Antes das 7h da manhã desta terça-feira (18), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foi às ruas para vasculhar endereços ligados às empresas suspeitas de formarem o esquema de pirâmide financeira –além de MinerWorld, a Bit Oferta e a Bitpago.

Foram sete mandados de busca e apreensão cumpridos em Campo Grande e um em São Paulo (SP). Foram apreendidos documentos, agendas e computadores apreendidos.

Além de autorizar a busca e apreensão em endereços de empresas que se apresentam como mineradoras de bitcoins e dos sócios das mesmas, o juiz David de Oliveira Gomes Filho também determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens de 11 investigados por integrarem o esquema.

O valor não necessariamente corresponde ao tamanho do patrimônio dos alvos da Operação Lucro Fácil. A própria MinerWorld diz ter 70 mil investidores em 50 países e o bloqueio foi determinado para garantir o futuro ressarcimento das pessoas, que segundo o MPMS, são vítimas de um golpe.

As empresas ainda estão proibidas de atrair novos investidores, sob pena de multa de R$ 50 mil para cada pessoa que ingressar no “negócio”.

Bitcoin - Conforme a revista Exame, no processo de nascimento de uma Bitcoin, chamado de “mineração”, os computadores conectados à rede competiam entre si na resolução de problemas matemáticos.

Além da mineração, é possível possuir bitcoins comprando unidades em casas de câmbio específicas ou aceitando a criptomoeda ao vender coisas e serviços.

As moedas digitais valem supostamente muito dinheiro –R$ 27.328 em cotação de um Bitcoin divulgada pela internet, por exemplo – e não são gerenciadas por bancos.

Outro lado – A MinerWorld nega a irregularidade e afirma ter sido ela vítima de uma fraude que rendeu prejuízo, hoje, na ordem de R$ 23,8 milhões –e que teria ocasionado as reclamações dos investidores que, desde o ano passado, alegam não conseguirem realizar saques de seus investimentos.

Nos siga no Google Notícias