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Cidades

Puccinelli mantém proposta de reajuste e diz que pressão não funciona com ele

Mariana Lopes | 24/04/2012 14:49

Policiais vão se reunir em assembléia amanhã para decidirem posicionamento diante da decisão do governador

Para Puccinelli, "tolerância zero" não surtiu efeito. (Foto: Minamar Junior)
Para Puccinelli, "tolerância zero" não surtiu efeito. (Foto: Minamar Junior)

Em reunião com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, nesta terça-feira (24), o governador André Puccinelli manteve o reajuste salarial de 10,23% para soldados, 6% para cabos e patentes superiores da Polícia Militar e 9,15% para policiais civis.

“A minha posição é essa, comigo não funciona pressão”, disse o governador, se referindo à adoção pelos policiais da “tolerância zero”, em que casos que antes eram resolvidos no local são encaminhados para a delegacia.

Diante do resultado da reunião, o presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados) de Mato Grosso do Sul, Edmar Soares da Silva, disse que irá convocar uma assembleia com os policiais amanhã para definirem qual será o próximo passo.

“O Estado sempre tratou melhor quem comanda do que quem executa. Para os praças não teve solução, foi um reajusto imposto pelo governador”, afirma Edmar. Com ar de revolta, o presidente ainda diz, ao final da reunião, sobre o descaso com a categoria. “É inadmissível que quem defenda a vida de outras pessoas seja tão desvalorizado”, lamenta.

Sobre o "tolerância zero", Edmar disse que os militares apenas deixaram de resolver alguns casos na rua, o que era prática anteriormente, e agora encaminham direto às delegacias. Porém, o presidente diz que toda e qualquer decisão será tomada somente amanhã, na assembleia.

Segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) de Mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa da Silva, “o tolerância zero não é nada mais do que nossa obrigação. Vamos manter”, afirma.

De acordo com o comandante da PM, coronel Carlos Alberto David, a diferença do reajuste é por conta de um congelamento feito no salário dos soldados no ano passado, a pedidos dos próprios praças, em troca de uma bolsa que eles receberam do Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).

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