Após limpeza, bairro sofre com a enxurrada
A chuva moderada, porém constante, desta segunda-feira, voltou a provocar transtornos no bairro Maria Aparecida Pedrossian.
Depois de 2 semanas de mutirão de limpeza, por conta do temporal do dia 27 de fevereiro, a enxurrada voltou a inundar ruas da região.
As principais vias atingidas foram rua Orlando Daros, Ponta Grossa, Minerva e Alzira Brandão.
O trabalho da prefeitura já havia sido feito no Maria Aparecida, Samambai, e nesta semana as equipes iriam para o Panorama e Residencial Oiti.
A esperança dos moradores é contrato assinado nesta manhã pela prefeitura de Campo Grande, com a Caixa Econômica, que prevê drenagem do Jardim Panorama.
"Obra que vai melhorar o problema", espera o presidente da associação do bairro Maria Aparecida Pedrossian, Jânio Batista.
Jeitinho - Enquanto nada é feito, na rua João Francisco Damasceno, o aposentado Vladimir Arce, de 52 anos, resolveu o problema por conta própria. Com terra trazida pela enxurrada, os vizinhos fizeram uma barragem por causa da água.
Depois de fechar a rua, vieram as reclamações de quem perdeu o direito de ir e vir, diante da interdição da via, mas o monte de terra continua em pé.
As enxurradas são tão frequentes que já ganharam até apelido: Rio Tibaji, devido à água que desce da rua que tem esse nome.
Alexssander Messias do Nascimento é dono de uma padaria no Maria Aparecida Pedrossian, na rua Orlando Daros com Ponta Grossa.
Há 26 anos ele vive no bairro e diz que sempre foi assim, "mas depois do Oiti (residencial) começou a descer muita lama e sujeira", reclama.
Segundo ele, no tempo em que vive no local "só duas vezes boca de lobo foi limpa pela prefeitura".
Na esquina onde fica a padaria, Alexssander construiu uma mureta para evitar prejuízos com a enxurrada, mas viajou e quando voltou a barreira tinha sido derrubada. "Disseram que foi a prefeitura."
O jeito foi construir a mureta de novo, comenta. "Já perdi equipamentos por causa da água."