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Cidades

Após polêmica, Bolsonaro “dá bolo” na PM e não virá receber homenagem

Deputado está na lista dos que serão agraciados com a Medalha Tiradentes no dia 22

Michel Faustino | 17/04/2015 15:09
Grupo pediu, ontem, o cancelamento da homenagem ao comando da PM (Foto: Michel Faustino)
Grupo pediu, ontem, o cancelamento da homenagem ao comando da PM (Foto: Michel Faustino)

Após polêmica e até ameaça de protesto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) enviou nota ao Comando da Policia Militar de Mato Grosso do Sul agradecendo a homenagem que receberá na quarta-feira (22), onde seria agraciado com a Medalha Tiradentes. No documento, ele anunciou que não virá ao Estado em virtude de “conflitos de agenda” e não informou se mandará algum representante.

Na manhã desta sexta-feira (17) o titular da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, Silvio Maluf, afirmou que não iria ceder às pressões populares e que a escolha dos homenageados é “única e exclusivamente da PM, e não da população”.

O secretário justificou ainda dizendo que o deputado foi indicado porque colaborou através de projetos para a segurança pública. “A instituição sempre valoriza os parlamentares que brigam por questões salariais e estruturais da policia”, afirmou.

A homenagem ao deputado federal também foi endossada pelo governador Reinaldo Azambuja. “Foi uma decisão e uma escolha da PM. Sabemos que o Bolsonaro é um deputado polêmico e que gera repercussão. Porém, ele já apresentou inúmeros projetos de lei sobre segurança, mais de dez projetos a favor de segurança publica do País. Por esse motivo foi escolhido para ser homenageado”, diz.

Porém, segundo vereadora Luiza Ribeiro (PPS), membro da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara Municipal de Campo Grande, os movimentos ligados a defesa dos direitos humanos, sociedade civil e representantes da classe LGBT(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) já solicitaram uma reunião com o governador para pedir que a homenagem seja revogada.

“Vamos levar isso adiante. Mesmo que ele não venha, não podemos permitir que o nosso Estado faça uma homenagem a uma pessoa como o deputado Bolsonaro. Uma pessoa que defende praticas violadoras dos direitos humanos, entre outras coisas absurdas”, disse.

Segundo a vereadora, o grupo deve se reunir com o governador após o feriado da semana que vem.

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