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Cidades

Câmeras danificadas ou mal posicionadas dificultaram registro de sequestro

Imagens registradas na região mostram momento em que veículo deixa o local após o sequestro e presença da irmã da vítima em empresa para solicitar cópias de gravações de imagens

Humberto Marques e Mirian Machado | 17/02/2018 16:07
Equipe do Garras esteve pela manhã no local onde vítima de sequestro mora, na rua dos Barbosas. (Foto: Marcos Ermínio)
Equipe do Garras esteve pela manhã no local onde vítima de sequestro mora, na rua dos Barbosas. (Foto: Marcos Ermínio)

Poucas câmeras de segurança instaladas em empresas e moradias na região na qual um casal foi sequestrado na noite de sexta-feira (16) na rua dos Barbosas, no Amambaí, em Campo Grande, registraram o momento do crime. Os demais equipamentos se encontraram mal posicionados ou foram desligados. As imagens disponíveis já estão em mãos da Polícia Civil, conforme apurou o Campo Grande News.

O sequestro ocorreu por volta das 23h30, quando Eduardo Marques Rocha, 26, deixava a noiva, Maria Eduarda Façanho Leão, 21, na casa dela. Uma vizinha disse ter ouvido quando os bandidos bateram na porta do carro do rapaz –um VW Voyage 1.6 modelo 2009 (prata, placas HTQ-6608)– e exigiram que ele abrisse a porta. Familiares da garota viram o carro rodar normalmente por duas quadras antes de virar a esquina na rua 26 de Agosto.

O casal foi encontrado cerca de dez horas depois, quando as investigações do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) já estavam em andamento, no Jardim Campo Belo –região do Nova Lima, no norte de Campo Grande. Conforme informações dos familiares, eles foram abandonados pelos bandidos, que fugiram com o automóvel. As buscas pelos autores envolvem o uso de helicóptero e o apoio da Polícia Militar.

Pela manhã, antes de Maria Eduarda conseguir contatar a família para informar que estava bem, sua família acionou vizinhos em busca de imagens. A existência das câmeras era apontada como um fator que poderia auxiliar no esclarecimento do crime, revelando, por exemplo, o rosto dos autores. No entanto, poucas filmagens foram realizadas.

Perigosa – Um empresário informou que está no endereço há quatro anos disse que a região é perigosa, mas que sentiu a redução na criminalidade depois de instalar câmeras em seu estabelecimento. “Aqui na rua tem muitos usuários de drogas, acontecem muitas brigas e até mortes”, declarou. Segundo ele, um prédio abandonado nas imediações serve de abrigo para moradores de sua e criminosos.

Na noite do crime, porém, a câmera que normalmente é posicionada para a parte da rua onde está a casa da vítima estava mal posicionada –fato que causou estranheza no proprietário.

Registros na região obtidos pela reportagem mostraram apenas o carro de Eduardo seguindo rumo à 26 de Agosto e, cerca de 25 minutos, depois a irmã da vítima indo ao local solicitar cópias das filmagens.

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