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Capital

“Alcance do braço dos pais é única distância segura”, alertam Bombeiros

Militares explicam que pais não podem tirar o olho de crianças, tenham elas 1 ano ou 10 anos.

Mirian Machado | 21/06/2019 11:27
Mãe desesperada onde, depois do bebê morrer afogado em piscina. (Foto: Gabriel Neris)
Mãe desesperada onde, depois do bebê morrer afogado em piscina. (Foto: Gabriel Neris)

Há uma semana das tão esperadas férias escolares para a criançada, todo cuidado é pouco, aliás os cuidados são necessários diariamente, mas nessa época em que a molecada fica em casa ou sai para passear é que os acidentes são ainda mais perigosos. “Distância segura é alcance do braço do pai ou da mãe até a criança”, alerta o Capitão Bruno Vilela do Corpo de Bombeiros.

Os passeios também devem ser minuciosamente cuidados. Afogamentos em piscinas e rios é algo recorrente, mas podem acontecer em um simples balde de água para limpar casa. Em qualquer idade, a criança não é responsável por si.

No feriado de Corpus Christi, um bebê morreu após ficar cerca de 15 minutos dentro da água. A família fazia confraternização em uma chácar na região do Parque dos Poderes e a mãe teria deixado a criança sob cuidados de colegas, enquanto lavava roupa. Ao procurar pela criança, a encontrou na borda da piscina. A família correu para o Ciops (Centro de Integrado de Operações de Segurança) para pedir ajuda e após quase uma hora de reanimação o bebe não resistiu e faleceu.

Capitão alerta para cuidados com acidentes domésticos e em piscinas durante férias (Foto: Henrique Kawaminami)
Capitão alerta para cuidados com acidentes domésticos e em piscinas durante férias (Foto: Henrique Kawaminami)

O militar ainda informa ao Campo Grande News, que as dicas para a diversão na água ser mais segura são: piscinas cercadas com grades na vertical que impeçam uma criança de escalar, se caso não quiser cercar, a piscina deve ser tapada com lona ou um tablado. Se a criança se sentar e a água chegar ao pescoço já é considerada perigosa. “Não recomendamos boias ou coletes infláveis, pois se por caso houver um furo não vai funcionar como deveriam. O correto é o colete de espuma. É um pouco mais caro, mas é questão de segurança, se você quiser ficar mais tranquilo né”, explica.

A regra principal é colocar a criança em uma aula de natação ainda bebê. Mesmo assim, caso ocorrer o afogamento, até o socorro chegar, a família pode tentar algumas manobras de reanimação. Por exemplo, a criança deve ser colocada na mesma posição de como se ele estivesse engasgada e o adulto deve bater nas costas dela, se caso não sair água, um adulto deve assoprar dentro da boca da criança, se mesmo assim não houver reação, deve começar as massagens cardíacas.

Mas não é só piscina que é perigosa nessa época, antigamente as crianças ficavam mais fora de casa, brincando na rua de pega-pega e esconde-esconde. Com a nova geração da televisão e tablet, a maior parte do tempo elas ficam dentro de casa e sem supervisão acabam acontecendo os acidentes domésticos, queimaduras, seja por água ou óleo quente, queda, escorregão, cortes. “Os pais devem ficar atentos a tudo.

“As tomadas devem ter proteção e, por favor, tirarem os carregadores de celulares da tomada. As panelas também devem ficar com os cabos virados para dentro do fogão. Nessa época de frio, principalmente na periferia, para se esquentar os pais colocam fogo em latas e isso é muito perigoso, principalmente, se a casa ficar abafada. As vezes as pessoas morrem dormindo por causa disso”, alerta o Capitão Vilela.

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