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Capital

“Compartilhem”: revoltada com lixo, estudante denuncia em rede social

Flávia Lima | 12/01/2016 15:50
Sujeira em quintal de vizinho, que preocupa estudante. (Foto: Reprodução / Facebook)
Sujeira em quintal de vizinho, que preocupa estudante. (Foto: Reprodução / Facebook)
No bairro Amambaí, demolição de imóveis foi suspensa devido a chuva, mas proprietário garante retirada de focos. (Foto:Fernando Antunes)
No bairro Amambaí, demolição de imóveis foi suspensa devido a chuva, mas proprietário garante retirada de focos. (Foto:Fernando Antunes)

Dados do último Lira (Levantamento Rápido do Aedes aegypti), em Campo Grande, apontam que pelo menos 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão nos quintais das residências. O índice alarmante preocupa principalmente quem reside ao lado de vizinhos que não mantêm quintais ou terrenos limpos e, além de meios como acionar a imprensa para registrar o caso, denunciar à Prefeitura ou falar diretamente com o responsável pelo problema, há até quem recorra às redes sociais.

Foi o que fez a estudante Thais Alice, que em sua página no Facebook postou fotos do quintal de um vizinho. Nas imagens, é possível observar uma grande quantidade de garrafas plásticas e latas de bebidas, todos espalhados pelo chão.

Em sua postagem, a estudante, que mora no Residencial Nelson Mandela, Bairro Rita Vieira, pede que os amigos e familiares espalhem a denúncia, na esperança de que o vizinho providencie a limpeza. "Gostaria de pedir para que vocês corpartilhem. Aqui em casa vive cheio de pernilongos, coisa que não tinha tanto antes", escreveu.

Ainda no texto ela deixa claro que agentes de endemias da Prefeitura já estiveram no local realizando a notificação, porém nada foi feito até o momento. Com receio das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, ela ressalta que sua casa está infestada de pernilongos e atribui o problema ao lixo acumulado do vizinho.

O Campo Grande News tentou contato com Thais por meio de sua página no Facebook e também esteve no residencial na manhã desta terça-feira (12), mas não localizou a estudante. Uma moradora, que preferiu não se identificar, disse que desconhece a denúncia envolvendo o condomínio.

Como a maioria das casas conta com muros e portões altos, não foi possível verificar a presença de lixo ou entulhos nas residências.

Foco - Fora das redes sociais, a população também tem se mobilizado para alertar quanto a imóveis e terrenos que possam se transformar em criadouros do mosquito. No Bairro Amambaí, por exemplo, moradores da Rua Saldanha Marinho com a João Rosa Pires, estão preocupados com um conjunto de cinco imóveis que começou a ser demolido há algumas semanas, mas ainda não teve o trabalho concluído.

Segundo um dos vizinhos, o servidor público aposentado Hélio Bertin, o local também vem servindo de abrigo para moradores de rua. Amigo do proprietário, ele acredita que as obras pararam devido a algum contratempo.

Segundo o proprietário do terreno, o empresário do ramo de hotelaria Benildo Carrer, as chuvas incessantes obrigaram os funcionários da empresa de demolição a paralisarem o serviço até uma estiagem. "Ali não tem local coberto para eles se abrigarem e não teve outra alternativa a não ser suspender os trabalhos temporariamente", ressalta.

Ele conta que comprou a área, que mede 1,2 mil metros quadrados, no fim do ano e iniciou a demolição há 15 dias. "O trabalho está parado apenas há uma semana. Assim que a chuva parar, a empresa irá concluir os trabalhos", garante Benildo.

Após a equipe do Campo Grande News constatar a presença de focos do Aedes aegypti em algumas telhas, Benildo se mostrou preocupado e enfatizou que iria ainda nesta terça-feira ao local para providenciar a retirada do material.

Já na Vila Carvalho, a preocupação é uma casa na Rua Olavo Bilac. Segundo vizinhos que preferiram não se identificar, no local mora um homem idoso, que já recebeu a visita dos agentes de endemia, que alertaram sobre a necessidade de limpeza na área externa do imóvel.

"Já foi bem pior, agora o pessoal deu uma boa limpada, mas a gente se preocupa com a dengue", diz a dona de casa Maria José Figueiredo.

Para realizar denúncias sobre terrenos e imóveis com entulhos, é preciso entrar em contato com a Ouvidoria da Sesau, através do telefone (67) 3314-9955 e 3314-3071. Como a demanda de denúncias tem sido grande, é possível ocorrer congestionamento da linha em algum período do dia.

As reclamações devem ser feitas em horário comercial, até às 17h20. Entre 11h e 13h também não é possível devido ao horário de almoço dos funcionários.

Quem quiser, também pode entrar em contato através do e-mail ouvidoria@sesau.capital.ms.gov.br. Para quem faz questão de obter um protocolo para acompanhar a solicitação, é preciso ligar para o 156. Através desse atendimento é gerado um número em que o reclamante pode verificar se o pedido já foi atendido.

Casa na Vila Carvalho já recebeu visita de agentes e parte do terreno foi limpo. (Foto:Fernando Antunes)
Casa na Vila Carvalho já recebeu visita de agentes e parte do terreno foi limpo. (Foto:Fernando Antunes)
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