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"Empresário" usa Funtrab para pedir dinheiro e até encontros em troca de vaga

Ele usava o prédio da Fundação do Trabalho para conversar com as vítimas do golpe. Desde 2013 o nome dele aparece ligados a crimes

Geisy Garnes | 07/02/2020 15:15
"Empresário" usa Funtrab para pedir dinheiro e até encontros em troca de vaga
Fachada da Fundação do Trabalho em Campo Grande (Foto: arquivo/Campo Grande News)

Um homem de 30 anos foi levado para a delegacia nesta sexta-feira (7) após aplicar golpe em candidatos a vagas de emprego na Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), localizada no centro de Campo Grande. Brayan Corrêa Pulquerio exigia dinheiro, encontros amorosos e até fotos nuas em troca de vagas em uma empresa que sequer existia.

O golpe foi denunciado por uma funcionária da fundação a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande e ao GOI (Grupo de Operações e Investigações) nesta sexta-feira (7). Ela explicou aos policiais que Brayan estaria usando a estrutura do órgão para captar funcionários para empresa que não existe em Mato Grosso do Sul.

A empresa, registrada em nome de Brayan, é de Santa Catarina e está inativa, segundo o boletim de ocorrência. Na denúncia, a funcionária afirmou que o “empresário” faz o processo de seleção com os candidatos e depois cobra para as pessoas assumirem a suposta vaga de emprego, alegando que são “taxas admissionais e de cursos de capacitação”.

Em alguns casos, Bryan oferecia sociedade, pegava dinheiro com os “sócios” e sumia. O golpista também usava os dados pessoais das vítimas para abrir contas correntes, cadastros telefônicos.

Brayan ainda usava o “status” de empresário para sair com mulheres em troca de emprego. Conforme o registro policial, em um dos casos ele prometeu vaga de modelo para uma mulher e pediu para que ela enviasse fotos sensuais e sem roupa.

Após serem avisadas do golpe, as equipes policiais foram ao prédio da Funtrab e levaram Brayan para a delegacia. Ele já tinha conversado com duas pessoas e prometido entrar em contato mais tarde para acertar os detalhes da contratação. Para a polícia, o suspeito age sempre da mesma maneira, ganha a confiança de pessoas desempregadas e as enganava.

Recorrente – Em 2013 o nome de Brayan foi ligado ao mesmo tipo de crime. Na época tinha 23 anos e foi preso após oferecer um emprego falso como garota de propaganda a uma jovem de 22 anos. Para a vítima, ele afirmou que ela tinha o “perfil que procurava” e ofereceu R$ 3 mil por um contrato de seis meses.

Ele chegou a levar um contrato falso para a jovem assinar e até simulou que estava assinando a carteira dela. Em seguida falou que a candidata precisava passar por uma “avaliação técnica”, para observar detalhes do corpo. A vítima tirou a roupa, mas percebeu que o falso empresário encostava nela de maneira diferente.

Desconfiada, armou um flagrante e chamou a polícia para um encontro com Brayan. Ele tentou correr, mas acabou detido por violação sexual mediante fraude.

No caso registrado nesta manhã, o falso empresário responde por estelionato. Ele foi ouvido e liberado. 

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