ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Capital

“Falta de investimento na saúde dá nisso", diz Sindmed sobre fechamento do PAM

Graziela Rezende | 31/07/2013 12:30

A falta de investimento na saúde, da falta de reajuste há pelo menos cinco anos no valor pago as consultas de especialidades no SUS (Sistema Único de Saúde), bem como a “medida paliativa” de apenas contratar médicos e não oferecer a estrutura necessária, seriam os principais motivos para o fechamento do PAM (Pronto Atendimento Médico) do Hospital Universitário, de acordo com o presidente do Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marco Antônio Leite.

“Um programa bem feito, como o SUS, porém mal gerido, aliado a falta de investimentos na área da saúde, só pode dar nisso, como o fechamento do PAM e o caos na saúde que estamos vivenciando hoje. Ter ambulâncias retidas por falta de macas, não ter medicamentos e estrutura é algo vergonhoso”, afirma o presidente.

Atuante há mais de 20 anos como clínico geral na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, entre outros locais da Capital, o médico diz que os profissionais da área jamais vão continuar por anos no SUS, caso o sistema não for reformulado e atualizado.

“O sistema é fabuloso, mas sem novas discussões desde quando foi implantando, em 1988. Desde então, a população, a longevidade e os acidentes de trânsito aumentam, então é lógico que os valores a serem pagos por consultas especialistas, atualmente R$ 10, precisam de reajuste. Na Santa Casa, por exemplo, o déficit é de R$ 3 milhões por mês porque há cinco anos os valores pagos são os mesmos, independente do aumento de pacientes”, garante o presidente do Sinmed/MS.

Outro local que ele define como vergonhoso, por estar parado, é o Hospital do Trauma. Em 2012, a promessa seria de que o local ficaria pronto em dezembro, com 130 leitos, salas para cirurgias e dez CTI´s (Centro de Terapia Intensiva).
“O gasto deve ser de R$ 10 milhões para finalizar a obra, ou pouco mais que isso. E porque não terminam, é muito dinheiro? Mas, se parar para pensar nos benefícios e investimento necessário na saúde, de no mínimo 10% do PIB (Produto Interno Bruto), Campo Grande e o Brasil inteiro não estaria passando por isso”, finaliza o presidente.

Nos siga no Google Notícias