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Capital

"Guardião do desenvolvimento", Ueze Zahran teve uma vida de pioneirismo

Título concedido pela ONU (Organização das Nações Unidas) coroou a trajetória de sucesso do empresário, um dos mais conhecidos no país

Adriano Fernandes | 27/12/2018 19:38
Empresário estava internado em hospital de São Paulo, mas as causas da morte ainda não foram divulgadas. (Foto: Arquivo)
Empresário estava internado em hospital de São Paulo, mas as causas da morte ainda não foram divulgadas. (Foto: Arquivo)

A morte do empresário Ueze Elias Zahran, aos 94 anos, encerra uma trajetória de vida marcada pela determinação e pioneirismo de um dos nomes, mais conhecidos no cenário empresarial do país. Ueze estava internado em São Paulo, onde faleceu esta tarde (27). As causas da morte ainda não foram informadas. 

Filho de imigrantes libaneses, dona Laila e seu Elias Zahran que chegaram por aqui ainda nos 20 o primeiro negócio da família foi um bar. Mas só depois de constituirem uma padaria que o empresário, ainda adolescente, começou a dar seus primeiros passos no ofício.

Depois de perder um dos dedos durante a produção de pães, ainda adolescente Ueze saiu da produção para o adminitrativo e partiu para São Paulo para comprar farinha, à época, um produto de venda exclusiva para grandes cidades.

A farinha, por sinal, foi o primeiro produto a ser revendido na Capital pelo empresário que em seguida, começou a exportar café, ainda aos 21 anos. Com os lucros do café, Zahran viu no gás uma nova oportunidade lucros. Em meados dos anos 50, o empresário se casou com dona Lucila, com quem teve 3 filhas: Márcia, Ana Karla e Simone, além de 6 netos e 3 bisnetos.

Ao lado da esposa, de representante e distribuidor do produto, ele fundou o Grupo Zahran e criou a marca Copagaz. Uma das maiores do setor. Logo que criou a empresa, recebeu a concessão para trabalhar em São Paulo e Mato Grosso, e com o tempo expandiu a atuação.

Dez anos depois, do gás Zahran se arriscou na televisão, criando a Rede Matogrossense de Comunicação, a TV Morena, afiliada da Rede Globo. Em 1998, criou a Fundação Ueze Elias Zahran, uma instituição sem fins lucrativos, para exercer ações complementares ao Poder Público, promovendo e apoiando projetos educativos, culturais, ambientais entre outros, com objetivo de minimizar as desigualdades sociais.

Homenagens - Em 2012 sua trajetória de vida foi samba enredo da escola de samba Igrejinha. Três anos depois, o empresário também recebeu o título de guardião de desenvolvimento do milênio, que foi entregue pela representante da ONU (Organização das Naçoes Unidas). Ele era o segundo de seis irmãos: Eduardo, Ueze, Jorge, João, Nagib e a única irmã, Jeannette.

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