ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 27º

Capital

"Lagoa" do Rita Vieira aumenta risco de doenças transmitidas por mosquito

Alan Diógenes | 05/12/2015 10:29
Veículos passam por dificuldade por lagoa na Rua Ana Basília. (Foto: Gerson Walber)
Veículos passam por dificuldade por lagoa na Rua Ana Basília. (Foto: Gerson Walber)
Placa foi colocada para alertar outras pessoas sobre o buraco. (Foto: Gerson Walber)
Placa foi colocada para alertar outras pessoas sobre o buraco. (Foto: Gerson Walber)

Uma “lagoa” formada na Rua Ana Basília, no Bairro Rita Vieira, está deixando os moradores assustados temendo a infestação do mosquito Aedes aegypti, que agora pode transmitir três doenças: a dengue, chikungunya e zika vírus. Em forma de protesto, até faixas foram colocadas para alertar as autoridades sobre o problema.

A ideia foi da dona de casa Tânia Regina Vasques, 45 anos, que estava cansada de procurar a prefeitura para resolver o problema. “Paguei R$ 60 para fazer a faixa, pelo menos é um aviso para as pessoas que não conhecem o bairro não terem o risco de cair dentro desta lagoa”, explicou.

Já a fotógrafa Ellen Chaves, 24, que também mora na rua, teve outra ideia que reuniu os vizinhos para amenizar o problema. Eles alugaram uma caçamba por R$ 700 para jogar entulhos no buraco.

“Já pedimos o cascalhento da rua mas até agora nada. Então resolvemos tomar esta atitude, o que não deu muito certo, porque com as pedras piorou ainda mais para entrar com o carro na garagem de casa. Estou cansada de ver, sapos, caramujos e mosquitos entrando dentro de casa. Para evitar doenças, coloquei repelente nas tomadas e vacinei os cachorros para não pegar leishmaniose”, destacou Ellen.

Com ajuda de vizinhos, Ellen trouxe caçamba com entulhos para tampar "lagoa". (Foto: Gerson Walber)
Com ajuda de vizinhos, Ellen trouxe caçamba com entulhos para tampar "lagoa". (Foto: Gerson Walber)
André se preocupa com prejuízos que possa ter com carro. (Foto: Gerson Walber)
André se preocupa com prejuízos que possa ter com carro. (Foto: Gerson Walber)

Na rua, o filho da diarista Roselida Magalhães, 58, pegou dengue há três semanas. Ela tem certeza que o mosquito que transmitiu a doença “nasceu” na água da lagoa. “Não resta dúvida, porque não existe outro recipiente de água tão grande como este no bairro. Quando chove piora ainda mais e por aqui a gente tem que andar que nem bicho beirando o muro para escapar da lagoa”, comentou.

Por isso, a preocupação maior de sua vizinha, a enfermeira Ana Paula Seles, 35, é com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “Faz tempo que essa lagoa existe e por isso liguei na ouvidoria da prefeitura para reclamar, sem sucesso. É muito perigoso, só quando todo mundo na rua ficar doente é que eles irão fazer alguma coisa”, mencionou.

Já o bancário André Mostardeiro, 37, se preocupa é com os prejuízos que pode ter com seu carro. “Aqui na rua todo mundo tem carro, então é perigoso eu ou até mesmo algum vizinho estourar um pneu, uma suspensão ou ficar atolado nesta lagoa. A gente paga caro pelo IPTU e IPVA e não temos melhorias em contrapartida”, finalizou.

O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria da prefeitura para saber que medida será tomada quanto ao assunto, mas as ligações não foram atendidas na noite de sexta-feira (4).

"Lagoa" é enorme e serve como recipiente para mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. (Foto: Gerson Walber)
"Lagoa" é enorme e serve como recipiente para mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. (Foto: Gerson Walber)
Nos siga no Google Notícias