“Morreu por uma briga que não era dele”, diz neta de idoso assassinado
“Ele foi defender meu primo e morreu por uma briga que não era dele”. O desabafo é de Grazielly Ramires Barbosa, 28 anos, neta de Antônio Marques, 72 anos, que matou Joaquim Rodrigues de Oliveira, 58 anos, e morreu a tiros. O pivô da confusão, Maickon Alves Marques, 22 anos, está foragido.
O duplo homicídio em que um matou o outro aconteceu por volta das 19h30 de ontem (23), na Rua Caravelas, no Jardim Campo Alto, em Campo Grande. Testemunhas relataram à polícia, que Maickon fazia disparos de arma de fogo na rua e na casa do filho de Joaquim, quando o homem se armou com um revólver e foi até a casa do atirador tirar satisfação.
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Hoje, pela manhã, Grazielly contou outra versão. Ela disse que no sábado (22), um grupo passou atirando na casa dos filhos de Joaquim, que fica em frente à casa de Maickon e seu avô Antônio.
No domingo (23), Joaquim que não mora junto com os filhos, ficou sabendo da situação e por acreditar que Maickon tinha envolvimento com o atentado foi tirar satisfação com ele. Maickon estava com a filha de 1 ano e dois meses no colo, quando Joaquim chegou armado e entrou na casa de Antônio que não tem portão.
Para defender o neto, o idoso também se armou e a briga terminou em tragédia. “Meu avô era uma pessoa tranquila. Morava no bairro há 10 anos e nunca tinha se envolvido em briga, lamenta Grazielly.

Caso - Testemunhas relataram que Maickon fazia disparos de arma de fogo na rua e na casa do filho de Joaquim, quando o homem se armou com revólver e foi até a casa do atirador tirar satisfação.
Na sequência, Antônio - avô de Maickon - também se irritou com a situação e armado atirou em direção a Joaquim, que revidou e acertou Antônio com tiro na cabeça e o outro na axila. Já Joaquim foi atingido com pelo menos cinco disparos, sendo na coxa direita, dois nas costas, peito e barriga.
Ainda de acordo com registro policial, Maickon recolheu uma das armas e terminou de descarregar em Joaquim, que segundo relatos de testemunhas ainda estava vivo. Em seguida, ele fugiu e levou uma das armas. A Polícia Militar fez busca na região, mas não conseguiu encontrar Maickon.
Prisão - Ao ficar sabendo da morte do irmão Joaquim, o policial militar da reserva, Edvaldo Rodrigues de Oliveira, 61 anos, foi até o local do crime e agrediu uma mulher, irmã de Antônio. O policial foi preso em flagrante e encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.
O policial, que estava com o certificado de registro da arma vencido, vai responder por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e vias de fato.