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Capital

"Quanto vale a vida de uma mulher?" : protesto e pedido de justiça em julgamento

Esquema de segurança foi reforçado para julgamento de Luís Alberto Bastos, acusado de matar a musicista Mayara Amaral; plenários lotados e protestos do lado de fora

Silvia Frias e Mirian Machado | 29/03/2019 08:28
Protesto conta com participação de amigos, familiares e a Frente Mulheres pela Democracia (Foto: Henrique Kawaminami)
Protesto conta com participação de amigos, familiares e a Frente Mulheres pela Democracia (Foto: Henrique Kawaminami)

“Quanto vale a vida de uma mulher?”. Com faixas e cartazes com a frases como essa, amigos e familiares da musicista Mayara Amaral estão em frente ao Fórum de Campo Grande, aguardando o início do julgamento de Luís Alberto Bastos Barbosa, acusado de homicídio qualificado por feminicídio e recurso que dificultou defesa da vítima.

Os cartazes foram afixados nas grades em frente ao plenário do Fórum, onde o julgamento irá começar daqui a pouco. Grupo da Frente Mulheres pela Democracia montou tenda do lado de fora, usando faixa com os dizeres “Marielle vive, Mayara vive”, em alusão a vereador do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada em 2018.

Alziro Amaral, pai da musicista, em protesto em frente ao Fórum (Foto: Henrique Kawaminami)
Alziro Amaral, pai da musicista, em protesto em frente ao Fórum (Foto: Henrique Kawaminami)

O pai de Mayara, Alziro Amaral, 63 anos, disse que mais pessoas estão previstas para a manifestação em frente e dentro do Fórum. A intenção é lotar os dois plenários destinados ao julgamento. Em um deles foi montado telão para que todos possam assistir ao júri.

Amaral diz que está apreensivo, mas confiante no resultado. “Não quero experimentar ainda mais a sensação de impunidade, caso ele saia impune, será como se ela tivesse morrido duas vezes”.

A mãe da musicista, Ilda Cardoso, disse que sabe que ele não ficará 30 anos na cadeia, mas espera punição severa. “Espero que ele cumpra, pelo menos, 20 anos”. Ilda diz que a morte da filha é exemplo emblemático de feminicídio. “Ele não matou só com ódio, mas com requinte de crueldade e ainda está tentando destruir a imagem dela”.

A segurança no entorno e dentro do Fórum foi reforçada para o julgamento de hoje.

Crime - Mayara foi morta na noite do dia 25 de julho de 2017, em um motel localizado na Avenida Euler de Azevedo, a golpes de martelo e teve o corpo abandonado e carbonizado em uma estrada vicinal na região do Inferninho, na saída de Campo Grande para Rochedo.

Luís está preso desde o dia 27 de julho quando foi surpreendido por equipes da Polícia Civil, e preso em flagrante pela morte da musicista de 27 anos.

Ilda Cardoso, mãe de Mayara, pede punição máxima (Foto: Henrique Kawaminami)
Ilda Cardoso, mãe de Mayara, pede punição máxima (Foto: Henrique Kawaminami)
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