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Capital

"Tinha certeza que ia morrer", diz mulher refém de bandidos no Santo Antônio

Ela conta que tinha acabado de chegar da faculdade quando assaltantes entraram na casa

Nadyenka Castro | 23/11/2012 09:45
Armas usadas para render casal. Bandidos destruíram celulares das vítimas. (Foto: Simão Nogueira)
Armas usadas para render casal. Bandidos destruíram celulares das vítimas. (Foto: Simão Nogueira)

Refém de bandidos por aproximadamente quatro horas, a universitária de 51 anos conta que pensou que ela e o marido seriam mortos. “Tinha certeza que ia morrer”, lembra.

A mulher e o marido, de 40 anos, foram rendidos dentro de casa, no bairro Santo Antônio, por volta das 22h30min dessa quinta-feira e só foram liberados às 2h30min, quando a PM (Polícia Militar) chegou. A ordem para o roubo foi dada por presidiário, que informou o endereço do ‘alvo’.

A estudante tinha acabado de chegar da faculdade quando o assalto começou. “Eu não vi nada lá fora, quando cheguei, eles entraram”, lembra.

De acordo com a universitária, os assaltantes pediam o tempo todo por joias, dinheiro e falavam que eu estava trocando a vida porque não dava o que eles pediam. “Mas não tinha muito dinheiro, só tínhamos R$ 160”.

O casal foi amarrado e amordaçado. “Amarram meu marido no banheiro e eu em um dos quartos”. Eles também foram vítimas de agressões, algumas deixaram lesões.

Diante da violência, a mulher, que nunca imaginou que pudesse ser vítima de uma situação como essa, pensou que ela e o marido seriam mortos. Ela diz ainda que os bandidos já tinham separados roupas e objetos para levar.

Agora, o casal quer a prisão dos bandidos e, sobre o crime, a mulher afirma. “A violência está aí, em todo lugar”. Apesar disso, elogia a ação da PM. “A Polícia foi espetacular. Agiram com rapidez”.

O casal preferiu não se identificar e não revelar a profissão.

Crime - Cinco assaltantes entraram na residência. Segundo um deles, de 15 anos que foi apreendido, eles pularam o muro sem cerca elétrica e renderam os moradores.

Dois dos bandidos – um homem e uma mulher – roubaram a camionete S-10 e a levariam para o Paraguai. Os outros três ficaram no imóvel.

No entanto, o veículo apresentou problema e os bandidos ligaram para o comparsa, que roubou outro carro do casal – um Gol – e foi socorrer.

Casal foi encontrado morto em matagal da Três Barras. (Foto: Minamar Júnior)
Casal foi encontrado morto em matagal da Três Barras. (Foto: Minamar Júnior)
Pajero que estava com universitários mortos. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pajero que estava com universitários mortos. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Mas antes do ‘socorro’ chegar, a PM, que ainda não sabia do caso, encontrou o veículo abandonado com a bolsa da mulher envolvida no crime dentro. Os policiais acreditam que eles viram a viatura e por isso fugiram.

Pela placa do carro, os militares chegaram à residência onde os moradores eram mantidos refém por dois assaltantes. Um deles, o adolescente, foi apreendido e o outro conseguiu fugir pulando muros.

Até o início da manhã, o garoto era o único envolvido no caso apreendido. O Ford Ka utilizado pelos assaltantes para chegar ao imóvel foi recolhido e, conforme a PM, pertence à mãe de um dos bandidos.

Tragédia - Somente neste ano, pelo menos dois casos de roubos de veículos terminaram em tragédia. No início de julho, Luzia Barbosa Damasceno Costa, 25 anos, e o empresário Alberto Raghiante Junior, 55 anos, foram mortos com tiro na cabeça.

Bandidos renderam o casal para roubar o carro do empresário. Depois, mataram os dois em um matagal. O veículo foi encontrado no Paraguai e os responsáveis presos.

No fim de agosto, os universitários Breno Silvestrini e Leonardo Batista Fernandes foram agredidos e mortos com tiro por criminosos que roubaram a Pajero da família de uma deles. Os bandidos foram presos quando levavam o automóvel para a Bolívia.

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