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Capital

Acidentes com motos representam 71% dos atendimentos de emergência

Aliny Mary Dias | 12/08/2013 17:37
Roger tem 23 anos, é motociclista e tirou carteira há menos de 5 anos. Perfil é o mais comum entre vítimas de acidente (Foto: Cleber Gellio)
Roger tem 23 anos, é motociclista e tirou carteira há menos de 5 anos. Perfil é o mais comum entre vítimas de acidente (Foto: Cleber Gellio)

Os acidentes de trânsito, principalmente aqueles envolvendo motociclistas, são considerados por muitos especialistas como responsáveis pelo caos vivido pela saúde pública em todo o país. A situação não é diferente em Campo Grande, em seis meses, 71% das vítimas de acidentes encaminhadas para a Santa Casa foram motociclistas.

Segundo o técnico da Santa Casa, Luiz Alberto Hirok Kanamura, de janeiro a junho deste ano, 2,983 mil pessoas vítimas de acidente foram encaminhadas ao pronto socorro do hospital. Desse número, 2,118 estavam em motos.

Nos primeiros dias de agosto, o hospital que é referência para encaminhamento de vítimas de acidentes, recebeu 157 pessoas, do total, 112 eram motociclistas.

De acordo com o último balanço divulgado em junho pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Estado, 71% das vítimas são homens com idade média entre 18 e 24 anos. Outro dado apontado pelo documento é que a maioria dos acidentes acontece com motoristas ou motociclistas que tiraram habilitação há no máximo 5 anos.

Roger Oliveira, de 23 anos, é um dos que se enquadra no perfil da maioria das vítimas de acidente com motos. O jovem fraturou a perna em dois lugares após ser atingido por um carro que seguia pela Duque de Caxias na última semana.

O jovem explica que a falta de atenção e respeito por parte de alguns motoristas é a causa da maior parte dos acidentes. “Eu não estava correndo muito, mas fui atingido em cheio pelo motorista. Agora vou ter que ficar mais de 4 meses pra me recuperar”, explica o jovem que aguarda uma vaga no centro cirúrgico da Santa Casa.

Pronto-socorro vive lotado com vítimas de acidente com motos  (Foto: Cleber Gellio)
Pronto-socorro vive lotado com vítimas de acidente com motos (Foto: Cleber Gellio)

Outro dado apurado pelo departamento é o tipo de colisão mais frequente, 45% dos acidentes acontecem após uma colisão transversal, tipo de batida onde um veículo colide na lateral do outro, caso comum em cruzamentos.

Os bairros e ruas mais críticas onde os motoristas devem redobrar a atenção também faz parte do balanço divulgado pelo Detran. A via que mais registra acidentes em Campo Grande é a Afonso Pena com 53 colisões em junho.

A Avenida Ernesto Geisel vem em segundo lugar com 33 acidentes. Nos bairros, o mais violento no trânsito é Centro da Capital com 290 acidentes em junho, o número é tão alto que o segundo bairro mais violento registrou 33 acidentes no último mês avaliado pelo Detran.

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