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Capital

Acidentes e mortes marcam via onde motoristas abusam da velocidade

Aliny Mary Dias | 06/10/2014 10:16
Avenida tem 6 quilômetros de extensão e acidentes são frequentes (Foto: Marcos Ermínio)
Avenida tem 6 quilômetros de extensão e acidentes são frequentes (Foto: Marcos Ermínio)

A morte do motociclista Jorge Alex Fonseca Campos, 31 anos, ocorrida na noite do sábado (4), é mais uma na estatística da violência do trânsito de Campo Grande e ficará na lembrança dos moradores que vivem na região da Avenida Prefeito Heráclito Diniz de Figueiredo, prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, entre a Avenida Mascarenha de Morais e o Bairro Estrela do Sul.

Muitos acidentes leves, graves e mortes foram registradas ao longo dos 6 quilômetros da avenida que faz parte do Parque Linear do Complexo Segredo e liga os bairros Otávio Pécora e Estrela do Sul.

O trecho é repleto de características que aumentam os risco de transitar pelo local. Curvas e falta de redutores de velocidade são os principais problemas. Durante todo o trajeto, o motorista encontra apenas uma lombada eletrônica e um quebra-molas para diminuir a velocidade.

Vivendo há 26 anos no Otávio Pécora, o aposentado Marcio Mecchi, 52 anos, viveu a transição de um bairro tranquilo para uma região de trânsito marcado por acidentes. “Essa avenida tirou a tranquilidade do nosso bairro, o pessoal corre muito e falta fiscalização”, conta o morador.

Durante todo o percurso, há apenas uma lombada eletrônica e um quebra-molas (Foto: Marcos Ermínio)
Durante todo o percurso, há apenas uma lombada eletrônica e um quebra-molas (Foto: Marcos Ermínio)

Quem passa com frequência pela avenida relata que o maior problema é quando a via deixa de ser separada por uma faixa de mata e fica mais estreita. A maior parte das marcas de frenagem e dos sinais de colisões estão nesse trecho, que tem cerca de 4 quilômetros.

Um dos locais mais perigosos é na esquina da avenida com a Rua das Bolsas, onde muitos motoristas que seguem no sentido bairro-centro diminuem a velocidade para fazer a conversão à esquerda e acabam se envolvendo em acidentes.

Outra moradores que já testemunhou inúmeros acidentes da avenida é Alcinda Mendonça, 57 anos. Ela conta que a instalação de um semáforo em um dos cruzamentos diminui a quantidade de acidentes, mas em outros pontos da via as colisões e mortes são comuns.

“A gente sente a insegurança e vê o pessoal correndo bastante, se tivesse mais sinalização acho que não teria tanta tragédia”, desabafa.

A última morte registrada na avenida foi na noite deste sábado, segundo o boletim de ocorrência registrado na Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento), testemunhas relataram que a moto conduzida por Jorge estava em alta velocidade.

A primeira colisão foi na traseira de uma motocicleta Honda, onde estavam Erik Marcelo Rabelo, 23 anos, e outra pessoa. Em seguida, Jorge perdeu o controle da direção e a moto bateu de frente com um Peugeot que trafegava no sentido centro/bairro. Ele morreu no local.

Aposentado vive há 26 anos no Otávio Pécora e diz que avenida trouxe insegurança (Foto: Marcos Ermínio)
Aposentado vive há 26 anos no Otávio Pécora e diz que avenida trouxe insegurança (Foto: Marcos Ermínio)
Motociclistas abusam da velocidade na avenida (Foto: Marcos Ermínio)
Motociclistas abusam da velocidade na avenida (Foto: Marcos Ermínio)
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