Quando a Argentina danou-se. O eterno retorno ao fracasso
Milei, o presidente argentino, postou um mapa da América do Sul onde os países governados pela esquerda aparecem como pobres e favelados, enquanto aqueles administrados pela direita são bem sucedidos. Suco de idiotice, revestido pela antiga xenofobia e arrogância argentina, independente de qualquer nuance ideológica. Não só o presente, como o nascedouro e toda a história desse país, são eternos retornos ao fracasso. A Argentina não é apenas um país no mapa, é um dano irreparável.
Comido pelos indígenas.
O marco inicial da Argentina é um ato de canibalismo. Três caravelas espanholas, à procura de uma conexão do Oceano Atlântico como o Pacífico, buscavam uma conexão. Encontraram aquilo que denominaram “mar doce”, um enorme braço de água que poderia ser o caminho procurado. Imaginaram que era um mar, todavia, era um rio. A Argentina começa a ser parida com um engano. Avistaram indígenas nas margens desse rio. Usando a linguagem dos sinais, entenderam que poderiam descer dos navios e buscar entendimento com os querandis. Foram devorados. O ato inaugural da Argentina é homem comendo homem.
A Argentina da prata inexistente.
Uma nova expedição de espanhóis aporta em terras que hoje são a Argentina. Após lutas encarniçadas com os indígenas, conseguem construir uma pequena fortificação. É lá que constroem uma imensa mentira. Aquela seria a terra da prata. A palavra “Argentina”, vem de “argentum”, prata em latim, a região onde existiriam imensos depósitos desse metal. Só havia um inconveniente, por lá, nunca conseguiram encontrar sequer um quilo de prata. Nunca existiu. O nome desse país deveria ser “Não é Argentina”.
Um país amaldiçoado.
Quando a Argentina “se fod…”? A resposta remonta às origens da nação. Começa com o mito de um monstro tricéfalo nascido do cruzamento de Teruca, uma índia querandi, com um europeu chamado Álvaro. Esse monstro tornaria a Argentina em uma terra amaldiçoada.
Duzentos anos de contrabando.
Até 1.776, Buenos Aires não teve licença da Espanha para comercializar. A cidade era jovem, remota e insignificante, e subsistiu quase exclusivamente ao contrabando. Duzentos anos depois, Buenos Aires era o centro contrabandista mais importante do chamado Mundo Novo. Vivia da prata desviada do Peru e do ouro roubado das Minas Gerais brasileira. Era um estado de clandestinidade institucional.
Basta São Paulo.
Milei ou qualquer argentino frequentemente enaltecem sua economia. Desprezam o Brasil. Não há a menor possibilidade de compararmos nossas economias. É como comparar o Haiti com o México. Basta São Paulo para demonstrar a diferença de grandeza. Enquanto a Argentina tem um PIB de 633 bilhões de dólares, o Estado de São Paulo é mais rico, conta com 680 bilhões de dólares. A economia paulista corresponde a um terço da brasileira.
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