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Capital

Acusada de matar marido é absolvida e irmão da vítima reclama de injustiça

Elenir Pereira Mendes matou o marido com uma faca e foi absolvida pelo tribunal do júri

Izabela Sanchez | 28/06/2018 17:00
Ré pontua que no dia do crime, o marido chegou em casa alcoolizado com uma faca em mãos dizendo que iria matá-la. (Foto: Saul Schramm)
Ré pontua que no dia do crime, o marido chegou em casa alcoolizado com uma faca em mãos dizendo que iria matá-la. (Foto: Saul Schramm)

Elenir Pereira Mendes, acusada de matar o marido Haroldo Carlos de Souza com facada, foi julgada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri nesta quinta-feira e absolvida. O crime ocorreu no bairro Loteamento Nova Serrana, em 2014. O irmão da vítima, Sandro Paula de Souza, 42, afirma ter sentido sensação de injustiça e relata que Haroldo foi retratado como bandido durante o júri.

Segundo afirmou, Haroldo já foi preso por tentativa de assalto. Sandro, ainda assim, afirma que Elenir também foi presa, por tráfico, e reclama da imagem retratada pelo defensor público.

“Foi confirmado que ela matou ele dormindo, só o defensor que falava, mostrando como se ele fosse o réu, ele não era bandido. Uma arma de brinquedo e foi assaltar, ele nunca andou com faca. Se fosse por causa disso ela também tinha problema, ela era traficante, ela morou junto com ele 10 anos. É uma situação que a gente fica sozinho, a promotora não falou nada. É injusto, ele não era esse bandido não,ele foi morto dormindo, não teve briga nenhuma. E ela sai como se nada tivesse acontecido”, comentou.

Elenir relatou ter sofrido agressões constantes durante o relacionamento e que o assassinato foi o ápice de uma situação já insustentável. Questionada pelo MPE sobre o crime, Elenir afirma que agiu para defender. “Eu sofria agressões constantes e em uma das vezes levei sete pontos no rosto e quatro atrás da orelha”, disse.

O casal morava junto há 10 anos e um dia antes do crime, Haroldo Carlos de Souza saiu para trabalhar e só retornou no dia seguinte. Ao chegar, seguiu para o quarto e, neste momento, Elenir que estava armada com uma faca, golpeou o marido no lado esquerdo do tórax. Haroldo morreu antes que fosse socorrido.

Inicialmente, ela seria julgada por homicídio doloso – quando há intenção – qualificado. Ainda assim, após pedido da defesa, o juiz titular da vara, Carlos Alberto Garcete de Almeida, decidiu que ela será julgada por homicídio simples.

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