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Capital

Acusado confirma troca de tiros, mas nega ser "autor" de bala perdida

Vinícius Squinelo e Bruno Chaves | 30/12/2013 15:25
Jovem confirma troca de tiros, mas diz que não fez disparo que matou menino (Foto: Pedro Peralta)
Jovem confirma troca de tiros, mas diz que não fez disparo que matou menino (Foto: Pedro Peralta)

Acusado pela Polícia de ser autor do disparo que matou no dia 22 deste mês o menino Matheus Garcia Cabral, 11 anos, Jefferson Osmar Teixeira Ramão, 25, confirmou que trocou tiros no dia da tragédia, mas negou ser o autor do disparo que vitimou a criança. O caso ocorreu no bairro Dom Antonio Barbosa, em Campo Grande.

Segundo o delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia, Jairo Carlos Mendes, responsável pelo caso, Jefferson queria matar Anderson Patrício de Oliveira, 27, conhecido como Maninho, por um desentendimento entre famílias.

Acompanhado pelo advogado Marcos Ivan, Jefferson, que teve pedida a prisão preventiva, concedeu uma entrevista exclusiva ao Campo Grande News. Ele garante que se apresenta hoje (30), às 15h30 na 5ª Delegacia de Polícia da Capital.

“Sou trabalhador, nunca quis matar ninguém, acredito que a bala que matou o menino não saiu do meu revólver”, afirmou Jefferson, que atua como pintor.

Segundo ele, foi Anderson quem começou toda a confusão. Jefferson estaria em um bar do bairro, acompanhado de Valmor Martins Cabreira, 26, outro acusado pela Polícia pelo crime.

“Bebemos o dia todo, e depois eu fui embora e o Valmor ficou no bar”, contou Jefferson. “Depois de andar um pouco, o Anderson apareceu de trás de umas madeira e falou ‘agora a gente vai se acertar’”, emendou.

Jefferson alega que Anderson sacou uma arma e começou a atirar, e ele respondeu, também atirando contra o outro.
Depois da troca de tiros, os dois teriam ido embora. Jefferson afirma que não viu ninguém perto do local da troca de tiros. Ele teria disparado cinco vezes, contra três de Anderson.

Jeferson vai se apresentar hoje à tarde à Polícia (Foto: Pedro Peralta)
Jeferson vai se apresentar hoje à tarde à Polícia (Foto: Pedro Peralta)
Advogado vai alegar que é prematura acusar cliente de assassinato (Foto: Pedro Peralta)
Advogado vai alegar que é prematura acusar cliente de assassinato (Foto: Pedro Peralta)

Desentendimento – Questionado, Jefferson afirmou que comprou uma arma após ser ameaçado de morte por Anderson.

Jefferson é casado com Daniele, ex de Anderson, que é pai de uma menina de nove anos. “Ele nunca dei atenção pra filha, depois que me casei com a Daniele ele apareceu”, contou Jefferson.

Ainda segundo ele, sempre que saía com o pai, a criança voltava suja, e Anderson aparentava estar sob efeito de drogas. Jefferson e a esposa tentaram alertar o pai, quando começaram as ameaças, que culminaram com a morte do menino Matheus.

Defesa – Segundo o advogado Marcos Ivan é prematuro afirmar que a bala que matou a criança saou do revólver de Jefferson.

“A arma do Jefferson vai ser entregue para o delegado também, mas não é possível dizer ainda de onde saiu a bala, é prematuro”, comentou o advogado.

Marcos Ivan também representa Valmor, que, segundo ele, sequer estava próximo da cena do crime. O advogado aguarda o resultado da perícia, mas garante que os clientes não são foragidos.

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