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Capital

Acusado de matar irmão diz que briga ocorreu por divisão de contas da casa

Crime ocorreu no dia 11 de outubro de 2017 na Vila Progresso, em Campo Grande

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 07/08/2019 10:33
José Edgard da Silva alegou legítima defesa. (Foto: Henrique Kawaminami)
José Edgard da Silva alegou legítima defesa. (Foto: Henrique Kawaminami)

José Edgard da Silva, 59 anos, está sendo julgado nesta quarta-feira (7) na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, quase dois anos após matar a facadas o irmão José Edno da Silva Arce, 53 anos. O crime ocorreu na tarde do dia 11 de outubro de 2017, na Vila Progresso.

Em depoimento, o pintor automotivo alegou legítima defesa e contou que morava sozinho na casa do pai, na Vila Progresso. Após separar da esposa, José Edno pediu para se mudar para a residência do irmão. Na época, ele já estava se relacionando com outra mulher. ''Eu disse que não queria ninguém lá além dele, mas em seguida a namorada começou a frequentar a casa", disse ao juiz Aluízio Pereira dos Santos.

Segundo o réu, as despesas da casa começaram a aumentar e o irmão achava ruim quando ele fazia cobranças para pagar as contas. No dia do crime, após bebedeira, ele novamente cobrou o irmão e deu início a uma discussão.

Durante a briga, a vítima pegou uma faca e, para se defender, o réu contou que também pegou outra. ''Ele correu atrás de mim. Eu estava com medo, apavorado e acabei caindo. Quando vi, tudo já tinha acontecido", contou.

Após ferir o irmão com três golpes de faca no tórax, José Edgard fugiu. A vítima chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O autor foi preso no mesmo dia em um sítio na saída para Rochedo.

O advogado de defesa do réu, Marlon Ricardo Lima Chaves, disse que ''há elementos o suficiente para comprovar a legítima defesa". 

Conforme denúncia do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a briga teria sido motivada por herança. O réu nega.

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