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Capital

Adolescente morto com facada passou o dia "arrumando confusão" em bar

Graziela Rezende e Zana Zaidan | 19/05/2014 09:29
Local ficou destruído. Foto: Marcos Ermínio
Local ficou destruído. Foto: Marcos Ermínio

Horas antes de ser assassinado com uma facada no tórax, testemunhas dizem que Arilso de Oliveira Lescano, 17 anos, passou o dia “arrumando confusão” em um bar localizado na rua Gerônimo Lima, bairro Nova Lima, em Campo Grande. Na ocasião, ele estava acompanhado de um grupo de amigos e, alterado, chegou a quebrar uma cadeira do local com um capacete.

O suspeito do crime, Walter Leite de Oliveira, 32 anos, seria namorado da dona do bar. Enquanto os jovens queriam briga, testemunhas disseram que ele tentava conter os jovens, inclusive convencendo o adolescente a ir embora. Por volta das 20h, eles saíram do estabelecimento comercial. Porém retornaram às 21h30.

“Neste momento eles estavam ainda mais alterados e inclusive pareciam estar sob efeito de drogas. Eles chegaram pedindo mais bebida, mas a dona do local se recusou e Valter pegou uma faca para expulsá-los. Houve um novo desentendimento e foi o momento em que Arilso foi atingido”, conta Elisangela de Oliveira dos Santos, 35 anos, que afirmou trabalhar no bar.

Eles correram em direção ao cruzamento da rua Alberto da Veiga esquina com a Eugênio Lima. A Polícia encontrou a vítima neste local, quando ele já havia perdido bastante sangue. Arilso foi levado para o posto de saúde do Nova Bahia, mas faleceu pouco tempo depois.

Incêndio criminoso - Valter foi preso e indicou a casa onde vive, localizada nos fundos do mesmo terreno. Pouco tempo após a saída da Polícia, um grupo de 15 homens voltou e começou a jogar pedra no imóvel. A dona do bar pegou o seu carro e rapidamente foi embora. O grupo invadiu e começou a apedrejar telhas. Eles então reviraram e incendiaram a casa, destruindo os quatro cômodos.

O aposentado Aristeu Machado de Moraes, 72 anos, diz que ouviu barulhos dos autores. “Escutei o barulho das pedras, mas não quis sair de casa para saber o que estava acontecendo. Só depois que fui saber do tumulto e que as pessoas ligaram para o Corpo de Bombeiros”, comenta.

Na manhã desta segunda-feira (19), a perícia está a caminho. No bar, eles ainda reviraram tudo e jogaram as mesas de sinuca. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Pedras enormes foram jogadas no bar. Foto: Marcos Ermínio
Pedras enormes foram jogadas no bar. Foto: Marcos Ermínio
Autores reviraram e incendiaram o bar. Foto: Marcos Ermínio
Autores reviraram e incendiaram o bar. Foto: Marcos Ermínio
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