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Capital

Advogado diz que PM estava "alterado", mas não confirma embriaguez

Policial militar Ezequias Martins envolveu-se em acidente na BR-163, em que duas crianças ficaram gravemente feridas

Silvia Frias e Clayton Neves | 11/11/2019 11:30
Polo ocupado por família foi destruído na colisão (Foto/Divulgação:PRF)
Polo ocupado por família foi destruído na colisão (Foto/Divulgação:PRF)

O advogado Mário Sérgio Rosa, que representa o sargento da PM (Polícia Militar), Ezequias Martins dos Santos, 44 anos, admite que o cliente estava “alterado”, mas não confirma embriaguez durante acidente ocorrido no sábado (9), na BR-163, em Campo Grande, em que duas crianças ficaram gravemente feridas.

Hoje, o PM deveria passar por audiência de custódia, mas, por ainda estar internado na Santa Casa, o juiz Carlos Alberto Garcete adiou para amanhã a decisão de manter a prisão, impor alguma outra restrição no lugar da detenção ou conceder a liberdade.

Mário Sérgio Rosa disse que a intenção é que ele passasse por audiência hoje, até com aval que havia recebido do médico, mas não houve tempo hábil nesta segunda-feira.

De acordo com assessoria da Santa Casa, o quadro de saúde do sargento da PM é estável. Ele sofreu trauma renal e ferimento extenso no joelho esquerdo.

Advogado Mário Sérgio no Fórum, para tratar da audiência do PM (Foto: Clayton Neves)
Advogado Mário Sérgio no Fórum, para tratar da audiência do PM (Foto: Clayton Neves)

Mário Sérgio disse que o grande problema no acidente é que o PM estava “alterado”, mas não confirma qual o motivo desse estado. “Não se sabe sobre efeito de álcool ou outra coisa”, disse. Em conversa prévia, Ezequias disse ao advogado que foi surpreendido pelo outro carro que entrava em estrada de acesso à propriedade rural.

“Ele não teve tempo de frear”, disse o advogado, acrescentando, ainda, que há testemunhas que atestam essa versão. O PM estava voltando da casa da mãe e não teria ingerido bebida alcóolica. “Ele está aborrecido e triste com a situação”.

O acidente aconteceu por volta das 18h30. No boletim de ocorrência, um motorista de caminhão disse à polícia que o Ezequias Martins seguia num Hyundai HB20 prata, quando fez ultrapassagem proibida, forçou outro veículo em sentido contrário a sair da pista e acabou se envolvendo em acidente contra um VW Polo conduzido por Flávio Henrique Cordon Vieira Rosa, 29 anos.

No Polo, ainda estava a esposa de Flávio, Iara dos Santos Silva, 31 anos e as filhas do casal, de 9 anos e de 1 ano. O casal já recebeu alta e as meninas continua internadas: a mais velha passou por cirurgias por conta de fraturas no braço esquerdo e se recupera na UTI (Unidade de Terapia Intensiva); a menor está em estado grave.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), apesar de “relevantes indícios de embriaguez”, o causador da colisão não foi o policial. Segundo assessoria, “levantamentos preliminares apontam que quem teria dado causa ao acidente foi o Veículo Polo que cruzou a pista”. Ainda esta semana, a PRF terá a conclusão final sobre o caso.

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