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Capital

"Agiu no desespero", diz esposa de réu que se vingou após assassinato do filho

Em depoimento, ela revelou que o o autor cometeu o crime após descobrir que a vítima havia matado o filho

Geisy Garnes e Bruna Marques | 27/07/2021 11:40
Réu acompanhou o depoimento da mulher nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)
Réu acompanhou o depoimento da mulher nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)

Vai a júri nesta terça-feira (27) Christian Daniel Barbosa, de 45 anos, pelo assassinato Anderson Filiu Silva. Durante o julgamento, a esposa do réu afirmou aos jurados que o marido agiu por desespero, após descobrir que a vítima havia matado o filho deles. “A felicidade dele era esse filho”.

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual, no dia do crime, 25 de outubro de 2010, Anderson estava em uma lanchonete com dois amigos. Christian e o filho, Bruno Wesley, chegaram ao local de moto, ambos armados com revólveres calibre 38. Caminharam até o trio e dispararam várias vezes.

Para se proteger do tiro, Anderson usou uma das amigas como “escudo” e ela acabou baleada na perna. Pai e filho, no entanto, não desistiram e continuaram os disparos. Feriram a vítima várias mesmo, mesmo após ela cair no chão. Ainda assim, ela foi socorrida com vida. Morreu mais tarde, na Santa Casa de Campo Grande.

Com as investigações, a polícia descobriu que Christian foi movido por vingança pela morte do filho Marcos Vinícius, conhecido como Titio.

Nesta manhã, a esposa de Christian relembrou a dor do marido após a morte do filho. Por videoconferência afirmou aos jurados que não reconhece mais o companheiro, que se tornou uma pessoa “triste e depressiva”.

“Meu marido sempre foi um homem trabalhador, me ajudava em casa, era um pai presente. Esse filho é o que ele mais amava e cuidava, a felicidade dele era esse filho. No dia do sepultamento, no dia que enterramos nosso filho, ele ficou um tempão deitado naquela cova. Achei que ele ia morrer junto” contou.

Chorando bastante, a mulher definiu o crime do marido como “um  ato de desespero”. “A polícia descobriu que esse Anderson tinha matado meu filho, meu marido agiu no desespero. A dor dele era maior que a minha”.

A mulher ainda relatou que Marcos estudava na época em que foi morto e a família juntava dinheiro para pagar um cursinho a ele. “Na época eu tinha juntado R$ 2,7 mil para pagar os estudos dele, usamos o dinheiro para enterrar ele”.

Christian é julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo torpe, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma. Bruno foi impronunciado pelos crimes e por isso não é julgado por júri popular.

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