Aluna denunciou professor depois de achar imagens pornográficas em celular
A Justiça decretou a prisão do professor que estuprou 5 alunas em lar beneficente
A Justiça decretou a prisão preventiva do professor de educação física, de 32 anos, suspeito de estuprar ao menos cinco meninas, entre 12 e 13 anos, que faziam atividades extracurriculares em uma instituição beneficente de Campo Grande. O caso é investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
A prisão preventiva é referente ao armazenamento de fotos e vídeos do estupro, crime pelo qual o suspeito foi preso em flagrante ontem.
Conforme apurado pela reportagem, o professor virou alvo de investigação depois que uma das alunas do local descobriu que o suspeito tinha material pornográfico infantil em no celular. Ela denunciou o crime para os responsáveis pela organização, que procuraram a polícia.
Durante as apurações, cinco adolescentes de 12, 13 e 14 anos foram identificadas como vítimas do professor. Os abusos ocorriam na sala de informática e ele, inclusive, filmava as meninas fazendo sexo oral.
Conforme informações da delegada Franciele Candott, o professor é uma pessoa muito carismática, que conversava para ganhar a confiança das pessoas. Ele chegava a compartilhar até senha da Netflix para "conquistar" as alunas.
Nesta quarta-feira (5) as equipes da delegacia especializada cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do investigado. Foram encontrados vídeos dos atos sexuais e fotos sensuais das adolescentes no celular e em três notebooks do professor. Também foram apreendidos objetos sexuais que ele usava para estuprar as vítimas.
As vítimas são alunas de uma instituição beneficente que atende crianças carentes com prática de esportes, aulas, informática e atividades extracurriculares. Lá, o acusado trabalhou por sete anos no total. Chegou a ser demitido em 2015, mas foi recontratado pouco tempo depois. Ele também dá aulas em uma escola de tênis localizada no bairro Itanhangá Park.
O suspeito foi ouvido e alegou que houve consentimento por parte das vítimas, mas como são todas menores de 14 anos, ele irá responder por estupro de vulnerável. Ele também responde pelo crime do Art. 241-B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente): Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Antecedentes - Ainda conforme informações policiais, há 6 anos, o desligamento da instituição ocorreu justamente por ele ter abusado sexualmente de uma aluna, menor de idade. Na época, ele a puxou pelo braço, tirou a roupa e a obrigou a masturbá-lo. Ela o denunciou e o professor foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, mas conseguiu recorrer em liberdade.
“O que mais espanta é que ele foi demitido em 2016 porque mexeu com uma menina na sala de informática e foi registrado boletim de ocorrência, ele foi condenado e mesmo assim a gerente na época o recontratou e lá ele ficou por mais 6 anos”, lembra à delegada. Segundo ela, a responsável na época acreditou no professor e não na vítima. Em 2019 ele voltou a ser demitido, mas "por problemas administrativos".