Alvo de constantes reclamações, feiras culturais devem passar por regulamentação
Audiência Pública na segunda-feira debaterá questões como infraestrutura das feiras na Capital
Alvo de reclamações recorrentes, principalmente por parte de moradores, as feiras culturais de Campo Grande deverão passar por um processo de regulamentação. O tema será debatido em audiência pública marcada para segunda-feira (7), na Câmara Municipal. Parlamentares devem ouvir representantes do poder público, feirantes, artistas, produtores culturais e a população em geral.
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As feiras culturais de Campo Grande serão tema de audiência pública na próxima segunda-feira (7), na Câmara Municipal, visando sua regulamentação. O debate reunirá parlamentares, representantes do poder público, feirantes, artistas e produtores culturais para discutir normas e diretrizes específicas para estes eventos. A iniciativa surge após reclamações recorrentes de moradores e busca fortalecer estes espaços como ambientes de convivência e empreendedorismo. Entre as questões a serem debatidas estão infraestrutura, instalação de banheiros químicos e fiscalização do trânsito, contemplando tanto feiras mensais quanto semanais realizadas nos bairros da Capital.
Organizadora da Feira Ziriguidum, Luanna Peralta destaca a importância da iniciativa, especialmente para os produtores que fazem os eventos acontecerem. Ela antecipa que participará da audiência para reivindicar mais valorização, reconhecimento e apoio aos organizadores.
“Tem melhorado muito, mas ainda é complicado realizar as edições mensais. Toda edição é uma manobra diferente. Precisamos de apoio para conseguir valorizar também os artistas que se apresentam e remunerá-los de forma justa”, pontua.
Carina Zamboni, organizadora da Feira Bosque da Paz, e também estará presente na audiência pública. Ela acredita que o evento será um espaço de escuta e construção coletiva, para que seja feita uma regulamentação mais justa e eficiente. “As feiras vêm crescendo significativamente, não apenas como espaço de comercialização, mas também como palco de expressão cultural, inclusão social e empreendedorismo. Abrir esse diálogo com quem vive essa realidade no dia a dia é fundamental”, afirma.
Na pauta, está a construção coletiva de uma legislação que regulamente as feiras culturais, com o objetivo de fortalecer esses espaços como ambientes de convivência, empreendedorismo, geração de renda e valorização da cultura local. A proposta envolve criação de normas e diretrizes específicas para a realização dos eventos.
A Câmara adiantou que questões relacionadas à infraestrutura, como a instalação de banheiros químicos, também devem ser debatidas. A audiência pretende contemplar tanto as feiras mensais quanto as feiras livres semanais, realizadas nos bairros da Capital.
Nos últimos anos, as feiras culturais têm sido alvo de críticas, sobretudo de moradores das regiões onde ocorrem. Em 2023, por exemplo, 500 empreendedores organizaram um abaixo-assinado virtual em defesa da Feira do Bosque da Paz. Já em janeiro deste ano, houve reclamações sobre a ausência da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para fiscalizar o tráfego durante os eventos.
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