Ampliação do Hospital Regional prevê abrigo de resíduos e corte de árvores
Projeto conta com tratamento moderno de lixo hospitalar e mitigações para alterações no trânsito

HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) vai ganhar um abrigo moderno para tratamento de resíduos hospitalares, enquanto árvores dentro do terreno serão cortadas para permitir a expansão da unidade, informa o estudo técnico de impacto apresentado nesta terça-feira (19) à Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano).
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Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) terá sua área construída dobrada, passando de 37 mil para 71 mil metros quadrados. A ampliação aumentará a capacidade de internação de 362 para 577 leitos, com a construção de dois novos blocos. Um bloco será dedicado à expansão assistencial e o outro abrigará serviços logísticos e um moderno sistema de tratamento de resíduos. O estacionamento também será ampliado. O novo sistema de tratamento de resíduos converterá materiais infectantes em resíduos comuns, reduzindo o volume destinado a aterros em até 80%. A ampliação exigirá o corte de árvores no terreno, com medidas compensatórias previstas. As obras impactarão o trânsito local, com previsão de ajustes na sinalização e novas faixas de pedestres. Os atendimentos no HRMS serão mantidos durante a expansão.
Além disso, as obras devem alterar temporariamente o trânsito e a rotina no bairro Aero Rancho, segundo a empresa Pezco Economics, responsável pela análise.
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Conforme já antecipado, o projeto de ampliação do hospital prevê dobrar a área construída, de 37 mil para 71 mil metros quadrados, e aumentar a capacidade de internação de 362 para 577 leitos. Novos blocos serão construídos: o Bloco 4 concentrará a expansão assistencial e o Bloco 5 abrigará serviços logísticos e o sistema de tratamento de resíduos. O estacionamento será ampliado de 558 para 753 vagas.
O sistema de tratamento de resíduos vai transformar materiais infectantes e contaminados em resíduos comuns, reduzindo em até 80% o volume destinado a aterros. “Esse tratamento vai diminuir a pressão sobre o descarte local e garantir mais segurança no manejo hospitalar”, disse a equipe técnica durante a audiência.
A diretora-presidente da Funsau (Fundação Estadual de Saúde), Marielle Alves Corrêa, afirmou que os atendimentos serão mantidos durante a expansão: “Primeiro será construído o novo bloco com 250 leitos, que receberá os pacientes antes da modernização do prédio atual”.
O Estudo de Impacto de Vizinhança indicou a necessidade de adequações em calçadas e de compensações ambientais pelas árvores suprimidas. Ruído, poeira e material particulado devem ser monitorados durante a construção. O terreno foi considerado livre de riscos de erosão ou inundação, e a ampliação não afetará iluminação ou sombra das residências vizinhas.
As obras devem aumentar o fluxo de veículos, gerar pontos de congestionamento e exigir a circulação de máquinas pesadas nas avenidas Marechal Deodoro, Lutero Lopes e Thirson de Almeida. Para reduzir os impactos, estão previstas novas faixas de pedestres e ajustes na sinalização.
O líder comunitário Lázaro Bonifácio da Silva, representante da associação de mutuários do Aero Rancho, reconheceu os transtornos, mas afirmou que a ampliação é necessária: “Claro que teremos impactos no trânsito e aumento de fluxo de pessoas, mas são temporários diante dos benefícios que virão”.
Já a conselheira municipal Daniela Souza Soares destacou que a obra vai ampliar a capacidade de atendimento sem interromper os serviços: “O projeto vai ampliar a capacidade de atendimento e modernizar a infraestrutura, mas é fundamental garantir a continuidade dos atendimentos durante as obras”.
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