Mulher foi esfaqueada, arrastada até quarto e incendiada
Gisele da Silva Saochine e o companheiro, Anderson Cylis Saochine Rezende, morreram carbonizados na residência
A investigação inicial aponta que, antes de ser carbonizada, Gisele da Silva Saochine foi esfaqueada pelo companheiro, Anderson Cylis Saochine Rezende. O crime aconteceu na noite de quinta-feira (2), na residência do casal, localizada na Rua Rio Pardo, bairro Monte Castelo, em Campo Grande. A casa foi incendiada pelo homem.
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Mulher foi esfaqueada e carbonizada pelo companheiro em Campo Grande. Gisele da Silva Saochine foi morta por Anderson Cylis Saochine Rezende, que ateou fogo na residência do casal, localizada no Bairro Monte Castelo, na noite de quinta-feira. A perícia indicou que a vítima foi esfaqueada e arrastada até o quarto antes de ser carbonizada. Anderson foi encontrado morto dentro do veículo na garagem, também carbonizado. Vizinhos relataram que o casal era evangélico e não demonstrava sinais de conflito ou separação.
Conforme apurou o Campo Grande News, as equipes policiais foram acionadas por conta do incêndio na residência. Ao chegarem, encontraram o corpo de Anderson dentro do veículo que estava na garagem, também em chamas. O homem estava carbonizado. No quarto do casal, estava o cadáver de Gisele, também queimada.
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A equipe da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) foi chamada, assim como a perícia, e a apuração inicial indicou que Gisele foi esfaqueada e depois arrastada até o quarto onde foi encontrada morta. Mas ninguém testemunhou o crime.
Um vizinho da família, que preferiu não se identificar, relatou à reportagem na manhã desta sexta-feira (3). Ele contou que Anderson trabalhava com móveis planejados, pedalava e não aparentava estar em processo de separação.
“Nunca vi uma briga, uma discussão entre eles. Nem sabia que o casal estava em processo de separação. A gente fica embasbacado. Era um casal evangélico e tranquilo”, relatou o homem.
Ele contou que as chamas começaram no começo da noite, mas não viu nada incomum antes do incêndio. “Até pensei que fosse o carro dele pegando fogo e depois vi que estava na casa. Ele era um dos primeiros moradores aqui da rua; só havia a casa deles e a rua era de terra quando chegaram aqui”, explicou. Segundo ele, Gisele era manicure e estava estudando enfermagem.
O caso é investigado como feminicídio e suicídio. Gisele é a 27ª vítima de assassinatos contra mulheres em Mato Grosso do Sul, sendo a 5ª em Campo Grande neste ano. Hoje as testemunhas já começam a ser ouvidas na Deam.
Caso - A irmã da mulher tentava contato com a vítima por volta das 16h, sem sucesso. Pouco depois, vizinhos alertaram que a casa estava em chamas e acionaram a PM (Polícia Militar). O Corpo de Bombeiros chegou por volta das 19h e controlou o incêndio, que se alastrou pelo imóvel. A filha do casal, de 16 anos, foi quem abriu o portão do local ao chegar da escola.
No quintal da residência, a polícia encontrou marcas de sangue, uma faca e recipientes com álcool e diluidores de tinta, que indicam que uma das vítimas pode ter sido arrastada e que o fogo teria sido iniciado com produtos inflamáveis. O veículo estava entre a garagem e a casa, próximo à porta aberta, onde o corpo do homem foi localizado.
Ao todo, 11 militares dos bombeiros atuaram no combate ao fogo, que teve apoio de quatro viaturas distintas e uso de 3 mil litros de água. As chamas estavam tão altas que o telhado de um dos ambientes desabou.
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