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Capital

Aos prantos, familiares e amigos seguem para enterrar jovem que morreu atropelado

Paula Maciulevicius e Mariana Lopes | 04/06/2012 09:40

Alan morreu depois de ser atropelado em um acidente na manhã desse domingo, na avenida Marquês de Pombal

Já próximo de seguir do velório para o cemitério Santo Amaro, o choro foi em coro. (Foto: Minamar Júnior)
Já próximo de seguir do velório para o cemitério Santo Amaro, o choro foi em coro. (Foto: Minamar Júnior)

Revolta, lágrimas, familiares e amigos unidos na dor de enterrar tão jovem alguém com futuro promissor. Era este sentimento transmitido por quem acompanhou parte do velório de Alan Dionizio Ojeda, 19 anos.

Já próximo de seguir do velório para o cemitério Santo Amaro, o choro foi em coro. Família, amigos e colegas do Exército inconformados de serem mais um número de pessoas chorando em volta de uma vítima de trânsito.

“Ele era muito guerreiro, esforçado e sempre buscava a união da equipe. Não tenho uma lembrança dele triste e nem raiva pela mulher que o atropelou. Isso não vai trazer ele de volta”, dizia o soldado Rafael Pilan Holsback, 18 anos, colega de Alan.

Alan morreu em um acidente ocorrido na manhã desse domingo, na avenida Marquês de Pombal, no bairro Tiradentes, em Campo Grande. O rapaz foi atropelado pelo Fiesta dirigido por Camila Cristina Correa Fernandes, 26 anos, que trafegava no sentido centro/bairro.

“É lamentável o tanto de acidentes que tem ocorrido. Eu escuto pessoas falando, reclamando que tem muito radar na cidade, mas acho que ainda é pouco. Porque isso é a única coisa que ainda inibe as pessoas”, completa o soldado.

Entre os familiares, a dor da perda nos olhos vermelhos de tanto chorar de primos, mãe e avó de Alan. “Ele tinha tantos sonhos, essa mulher matou os sonhos do meu neto. Ele era uma pessoa que não deixou nada de errado para trás”, desabafou a avó, Eloína Dionizio, 61 anos.

Alan era aluno do Exército e pretendia seguir carreira militar. Descrito como filho, primo e irmão exemplar. Todos ali relatam que ainda não conseguem acreditar no que aconteceu.

Filho de sargento da Polícia Militar Ambiental, Alan teve homenagem também dos colegas do pai que exerce a função em Bonito. “Falta muito a conscientização das pessoas na hora de pegar o volante. Falta responsabilidade na direção. Pensar que no carro da frente pode estar uma família”, comentou o comandante da PMA, coronel Carlos Matoso.

Segundo a Polícia, a condutora do Fiesta não foi submetida ao teste de alcoolemia devido ao nervosismo que se encontrava após o acidente. Camila foi encaminhada ao posto de saúde do bairro Tiradentes e só teve alta depois das 13h.

Na unidade de saúde ela foi medicada e apresentava pressão muito baixa. O caso será investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.

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