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Capital

Após 28º assalto em um ano, dono de posto cobra policiamento no Santo Amaro

Jeozadaque Garcia | 24/02/2012 20:10

No final da manhã desta sexta-feira, quatro homens em duas motos levaram R$ 58 mil do estabelecimento

Segundo Jacir, nem as 12 câmeras de segurança inibem a ação dos bandidos. (Foto: João Garrigó)
Segundo Jacir, nem as 12 câmeras de segurança inibem a ação dos bandidos. (Foto: João Garrigó)

Foram 28 assaltos no período de um ano. A média superior a dois roubos por mês já não assusta o empresário Jacir Fenner Neto, mas gera revolta. Dono de um posto no bairro Santo Amaro, região oeste de Campo Grande, ele teve um prejuízo de R$ 58 mil no final da manhã de hoje, quando quatro homens fortemente armados abordaram seu irmão, que seguia com um malote para uma agência bancária.

“Eram quatro homens, todos com metralhadoras mesmo. Eles chegaram em duas motos, quebraram o vidro do carro do meu irmão e levaram a pasta com o dinheiro. Foi tudo numa fração de segundos”, relata o proprietário, que assistiu a ação da janela de seu escritório.

Jacir tem seis postos em Campo Grande, e o mais ‘problemático’ é o do Santo Amaro. Nos últimos 12 meses, o local foi visitado por bandidos em 28 ocasiões. Em todos os roubos, no entanto, os valores levados foram pequenos.

“Sempre levam 250 ou 300 reais. Em alguns casos eu nem registro mais o boletim de ocorrência”, conta, acostumado com a violência da região.

No local há 28 funcionários, e quase todos trabalham no pátio do posto, local mais vulnerável a ação dos bandidos. Como precaução, os frentistas não portam valores superiores a R$ 200.

Segundo Jacir, todos os funcionários trabalham com medo, apesar das 12 câmeras do circuito de segurança. “Eles sempre chegam com capacete, não dá pra identificar”, conta.

Frentistas estão mais vulneráveis aos assaltos; direção limitou quantidade de dinheiro que eles podem carregar. (Foto: João Garrigó)
Frentistas estão mais vulneráveis aos assaltos; direção limitou quantidade de dinheiro que eles podem carregar. (Foto: João Garrigó)

Nenhum frentista que trabalha no local quis falar com o Campo Grande News. “São 18 famílias empregadas. E quem está no pátio corre mais risco”, acrescenta.

A localização do posto, no encontro de três vias movimentadas, facilita a fuga de bandidos, que contam ainda com a falta de policiamento na região, conforme Jacir.

“Se eu ficar o dia todo aqui tomando tereré, não passa uma única viatura da Polícia. Não tem policiamento”, finaliza.

Na ação de hoje, o assalto foi registrado na Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos). Nenhum suspeito foi preso.

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