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Capital

Após 3 meses, policiais civis assassinados viram nome de delegacia

Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos foram mortos no dia 9 de junho por Ozeias Silveira de Morais

Geisy Garnes | 15/09/2020 17:36
Jorge e Antônio Marcos foram atingidos na nuca no dia 9 de junho (Foto/Divulgação)
Jorge e Antônio Marcos foram atingidos na nuca no dia 9 de junho (Foto/Divulgação)

Após três meses do assassinato de Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos, o Conselho Superior da Polícia Civil decidiu renomear duas delegacias de Mato Grosso do Sul em homenagem aos dois policiais civis, baleados durante investigações sobre o furto de joias em Campo Grande.

A partir desta terça-feira (15), o prédio da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) recebe o nome de Jorge Silva dos Santos, o Jorginho, como era conhecido entre os amigos. Investigador durante 18 anos, passou parte deles na delegacia especializada, onde sempre é lembrado pelo sorriso fácil e o jeito brincalhão.

Antônio Marcos Roque da Silva será o nome do prédio da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Coxim, cidade a 260 quilômetros de Campo Grande. Era lá que o investigador trabalhava antes de se mudar para a Capital, em fevereiro de 2018.

Em Campo Grande passou pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Relacionados à Atividade Executiva de Trânsito e pela Derf, mas não se adaptou. A saudade da família fez com que pedisse transferência para o município, dias antes de ser assassinado.

A homenagem aos policiais foi aprovada pelo Conselho Superior em reunião ordinária, por videoconferência, realizada no dia 9 de setembro. Nesta terça-feira, dia 15, a votação foi publicada e oficializada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul. Na sessão também foi aprovada a promoção, “post mortem”, de Antônio Marcos em benefício da esposa dele.

Jorginho e Antônio foram mortos por Ozeias Silveira de Morais, de 45 anos, no dia 9 de junho. Eles apuravam o roubo a uma joalheria da Avenida Calógeras e encontraram um anúncio de venda de alguns anéis de ouro feito por Willian Dias Duarte Comerlato.

As peças não estavam na lista repassada para a polícia pelo proprietário do estabelecimento, mas até então, a informações era de que o autor do crime havia levado mais joias do que o registrado. No dia do crime, encontraram o suspeito.

Como estava com mandado de prisão em aberto, Willian foi detido e contou que fez o anúncio a pedido do tio da namorada: Ozeias Silveira de Morais. Assim os policiais foram até o porteiro de condomínio de luxo na Avenida Afonso Pena.

Os dois foram convidados a esclarecer a situação. Foi no caminho para a delegacia especializada, na Vila Sobrinho, que Ozeias assassinou os policiais, dentro do carro e com tiros na cabeça, e fugiu. Horas depois, acabou morto em troca de tiros com a polícia.

Com a morte dos investigadores e também do assassino, as equipes retomaram as investigações do crime e descobriram que as joias anunciadas por Willian não eram da joalheria, mas sim de uma família tradicional de Campo Grande, furtada no início de junho. Ozeias trabalhou por um tempo para as vítimas, fazia bicos como vigia da residência duas vezes na semana.


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