Após 5 anos, Esquadrilha da Fumaça volta a encantar no céu da Capital

O ronco dos motores das aeronaves A29 Super Tucano foram o suficiente para anunciar o show que estava a caminho dos céus de Campo Grande. A apresentação durou cerca de 40 minutos e contou com manobras radicais, que emocionaram os mais de trinta mil expectadores que estiveram na Base Aérea Militar da Capital.
A Esquadrilha da Fumaça retornou à Capital neste domingo (30), após cinco anos desde sua última apresentação. Os portões foram abertos às 10 horas da manhã, e as 15h30 as aeronaves tubo-hélice, produzidas no Brasil e consideradas as melhores do mundo, decolaram e iniciaram as manobras.
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Entre movimentos, os pilotos desenharam corações no céu da Capital, além de deixar uma mensagem de parabéns à cidade. Em alguns momentos, a proximidade entre as aeronaves impressionavam quem acompanhava tudo de perto com muita animação.
O agricultor José Itamar Ferreira, 35 anos, mora em um sítio distante 55 km de Sidrolândia. Ele trouxe Nícolas Ferreira, de 5 anos, a esposa e outro filho para acompanhar o show. “Valeu a pena demais, achei maravilhoso”, contou.
O pequeno Guilherme Santos, 10 anos, veio acompanhado dos pais e quatro irmãos. “Foi a primeira vez que eu vi essa apresentação. Adorei, fiquei encantado”, contou.
De acordo com o Coronel Aviador Daniel Cavalcanti de Mendonça, comandante da base aérea da Capital, o evento foi o primeiro com as novas aeronaves, já que antes a Esquadrilha da Fumaça utilizava modelos T27, que foram substituídos por A29, que pode chegar até 590 km/hr.
“O objetivo maior é sintetizar em um único dia todas as atividades do exército brasileiro, como uma forma de aproximação com a sociedade”.
A entrada para acompanhar a apresentação era gratuita, e quem quisesse poderia contribuir com 1 kg de alimento não perecível. Até às 16 horas, a arrecadação havia ultrapassado 10 toneladas. As doações serão encaminhadas para 30 entidades assistenciais da Capital.
“Acho muito importante esse ato de solidariedade em um evento da base aérea”, destacou o mestre de obras Unézio Selles, 52 anos, que estava acompanhado da família e levou oito quilos de alimento.