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Capital

Bombeiros constatam que não houve vazamento de gás no HU

Paula Vitorino | 17/06/2012 08:49

Após análises, gás não foi detectado e centro cirúrgico foi liberado nesta manhã

O centro cirúrgico do Hospital Universitário foi liberado por volta das 7h30 deste domingo (17) após o Corpo de Bombeiros descartar a suspeita de vazamento de gás durante a madrugada.

De acordo com o tenente-coronel dos bombeiros Joilson de Paula, foram realizados testes para constatar a presença de gás no local durante a madrugada e a substância não foi encontrada. O centro ficou isolado para os testes e ventilação.

No início da manhã, informação divulgada pelo Corpo de Bombeiros era de que viaturas foram acionadas para atender outro vazamento de gás no hospital, mas desta vez no centro cirúrgico, por volta da 1h.

Na sexta-feira (15), vazamento de gás metano no ambulatório fez alguns pacientes passarem mal. Cerca de 50 pacientes estavam no local.

O tenente-coronel explica que os funcionários que estavam no prédio do centro cirúrgico nesta madrugada sentiram forte cheiro e suspeitaram que fosse gás, acionando os bombeiros.

Ele afirma que ninguém passou mal e precisou de atendimentos. Em contato com a reportagem, funcionários do HU disseram ter sentido náuseas e dor de cabeça.

De acordo com o tenente-coronel, os bombeiros não sabem o que pode ter causado o problema e a direção do hospital foi orientada a contratar empresa particular para fazer vistoria em toda a rede de esgoto.

A assessoria de imprensa do HU informou que o problema foi causado por um sifão quebrado da copa, que fica no centro cirúrgico. O cheiro forte que os funcionários sentiram, segundo a assessoria, era de formol, que é depositado na rede de esgoto pela ala de patologia, que fica próxima.

Descarte - De acordo com a assessoria de imprensa do HU, a última vez que a empresa do Paraná recolheu as bombonas de formol do hospital foi em novembro do ano passado.

O ambientalista Eduardo Romero chama a atenção para o descarte de resíduos hospitalares que não tem destino adequado. “Gera uma cadeia de problemas que aumenta cada vez mais”, alerta.

O descarte de substâncias químicas em ralo, segundo a engenheira ambiental Adriana Farina Galbiati, é uma prática comum em laboratórios e hospitais. Ela explica que o problema é que estes produtos, quando despejados na rede de esgoto, vão para a estação de tratamento, então geram dois impactos.

O primeiro é que, pela resistência dos produtos, eles não são atingidos e purificados antes de serem despejados no rio. O segundo impacto é nas bactérias responsáveis pelo tratamento, que o teor químico dos produtos diminui a eficiência delas.

A engenheira ambiental alerta ainda para os resíduos descartados também em residências, como remédios, que não se degradam e podem causar impacto ambiental. “A gente tem que ter responsabilidade pelo o que jogamos ralo abaixo”, pontua.

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