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Capital

Após briga em cartório, vendedor de carro percebeu que caiu em golpe de R$ 9 mil

Entenda como golpista usou um anúncio no Facebook para enganar comprador e vendedor que transferiu carro

Caroline Maldonado | 27/12/2021 17:21
Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro de Campo Grande, onde caso foi registrado (Foto: Henrique Kawaminami)
Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro de Campo Grande, onde caso foi registrado (Foto: Henrique Kawaminami)

Dois homens chamaram a polícia hoje (27) em frente ao cartório do 9º ofício, no Bairro Amambaí, depois de perceberem que caíram em um golpe durante a negociação de carro. O comprador fez um pix de R$ 9,8 mil para a conta indicada por um golpista.

O vendedor do Ford Ka 2009 esperava que o dinheiro fosse repassado a ele em alguns minutos, mas quando os dois foram bloqueados no Whatsapp pela pessoa que intermediou a venda, perceberam que se tratava de um golpe.

Depois de fazer a transferência do veículo no cartório, o vendedor, um homem de 32 anos, se recusou a entregar o carro e rasgou o recibo, porque não recebeu nenhuma quantia. A polícia foi chamada porque os dois não entraram em acordo e começaram a brigar. Então, eles foram encaminhados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, onde o caso foi registrado como estelionato.

O homem de 40 anos, que estava interessado no carro e fez o pix para a conta de um terceiro foi registrado como vítima no boletim de ocorrência, enquanto o proprietário do carro ficou classificado como testemunha.

Entenda - O golpe começou quando um homem que se identificou como João Miguel entrou em contato com o vendedor do carro que havia feito o anúncio no marketplace do Facebook e também com a segunda vítima, interessada em comprar o veículo. Todos os contatos começaram pela rede social.

O golpista disse ao vendedor que o carro seria vendido a outro homem e pediu que, ao ser procurado por esse interessado, dissesse que era cunhado do golpista, o tal de João Miguel, que nenhuma das duas vítimas viu pessoalmente.

O vendedor contou à polícia que o homem que se identificou como João disse que receberia o dinheiro do comprador e transferiria para ele o valor via pix. O vendedor concordou com as condições oferecidas por João, o golpista.

Os dois foram até o cartório e fizeram tudo conforme orientado pelo golpista. Somente depois que o dinheiro não caiu na conta do vendedor do carro, ele revelou que havia mentido que era cunhado de João a pedido do golpista.

O golpe não é novo, pois na internet especialistas em Direito explicam passo a passo como as vítimas são enganadas. Geralmente, o comprador acredita que é seguro fazer o pix para um terceiro porque é induzido a acreditar que o vendedor do carro tem uma dívida com o golpista.

Quem dá o golpe inventa várias versões para confundir quem quer comprar e o vendedor do carro. Se não há um acordo para dividir o prejuízo, o que resta às vítimas é procurar a polícia para registrar boletim de ocorrência e levar o caso à Justiça.

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