Após chuva, moradores fazem limpeza de meio-fio e calçadas
Vizinhos afirmam que falta manutenção nos bueiros e na rede de drenagem
Depois da chuva de ontem que alagou ruas, a manhã foi de limpeza de meios-fios e calçadas para os moradores da Rua Doutor Antônio Leite de Campos, no Bairro Santo Antônio, em Campo Grande. A região é uma das mais castigadas quando chove forte. Ficam pelas calçadas: lama acumulada, entulho, restos de materiais de construção e muito lixo.
Segundo a enfermeira Loyane Araújo, de 42 anos, a rua fica alagada e com muito lixo por causa da enxurrada que vem do Cemitério Santo Amaro e da Avenida Presidente Vargas. “Eu não estava em casa ontem, mas o barro, resto de construção e mato vem parar na frente das nossas residências. Toda vez que chove forte, a rua fica alagada.
Ela contou que a via fica tomada pela água e no dia seguinte é dia de limpar as calçadas por causa do barro. Segundo a moradora, falta limpeza nos bueiros, que são poucos, e os que têm estão entupidos. “Em dia de chuva forte para sair de casa tem que esperar cerca de 15 a 20 minutos para a água escoar”, reclamou.
Moradora há 40 anos do bairro, a aposentada Dalva dos Santos contou que quando a rua não tinha asfalto já alagava, e depois que asfaltaram, a prefeitura fez algumas obras de canalização, mas não resolveu muita coisa.
“Os próprios moradores jogam lixo e entopem os bueiros. Ontem, na hora da chuva, meu filho só conseguiu sair porque o carro é alto. Caso contrário, a água invade o veículo. Aqui não passa carro pequeno, motocicleta, nem bicicleta”, contou.
O professor José Rosa, de 52 anos, começou a limpeza cedo. No domingo mesmo o morador aproveitou a água da chuva para tirar o barro.
“A enxurrada vem da avenida e traz muito barro, sujeira e terra. Já encontrei até caco de vidro aqui. Esse bairro está abandonado. Árvore que a prefeitura não corta, fio de luz solto, problema no asfalto e na iluminação. Antigamente, tinha mutirão de limpeza da prefeitura que vinha toda quinta-feira. Agora, já estão dois anos sem vir. Quem depende de ônibus não consegue sair de casa em dias de muita chuva, só se tiver um caiaque”, lamentou.