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Capital

Após dois anos, laboratório para medir qualidade da água é reativado

Estudo divulgado em abril, apontou a presença de 27 tipos de agrotóxicos na água distribuída para a população da Capital

Tainá Jara | 16/07/2019 17:42
Unidade para análise da água está funcionando no Labcen (Foto: Divulgação)
Unidade para análise da água está funcionando no Labcen (Foto: Divulgação)

Depois de dois anos sem funcionar, o Laboratório Municipal de Controle da Qualidade de Água, vinculado a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foi reativado. As adequações foram realizadas para atender a legislação vigente e garantir a qualidade da água consumida pela pela população de Campo Grande.

Em abril deste ano, estudo realizado com base em dados do Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade de Água para Consumo Humano), divulgado pela Agência Pública, apontou a presença de 27 tipos de agrotóxicos na água distribuída para a população da Capital. A pesquisa também mostrou a presença de agrotóxico na água de 65 dos 79 municípios do Estado.

Para atestar a retomada das análises da água da Capital, membros do CMS (Conselho Municipal de Saúde) foram à unidade nesta terça-feira (16) para conhecerem o processo de trabalho e os dados amostrais coletados até o momento. O Laboratório de Águas funciona dentro do Laboratório Central (LabCen).

O exame da água, principalmente daquela destinada ao consumo humano, é de fundamental importância. Por ele pode-se ter certeza de que a água distribuída é de confiança, se está isenta de microrganismos ou substâncias químicas que podem ser prejudiciais à saúde das pessoas.

A análise da água é realizada por meio amostral e coletada no cavalete de locais de grande circulação de pessoas e de atendimento público, com escolas, municipais, unidades de saúde, centros comerciais, praças e parques públicos. Para atender o parâmetro amostral determinado por legislação, são necessárias 636 amostras anuais analisadas na Capital.

Dentro das análises, é avaliada a turbidez, coliformes totais e fecais, fluoretação (presença de flúor) e outras características físico-químicas, como odor e cor.

A superintende de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, que acompanhou a visita dos membros do CMS, destaca a importância da retomada do funcionamento do Laboratório. “Estamos retomando o serviço dentro do mínimo exigido por legislação, para atender uma reivindicação antiga do Conselho, da sociedade e da população que deseja saber se é de boa qualidade a água consumida”, explicou.

A coordenadora da Vigilância Ambiental (CVA), Silvia do Carmo apontou que “se for encontrada qualquer anormalidade em alguma amostra é possível, imediatamente, comunicar a concessionária de abastecimento, os órgãos de fiscalização e de controle para tomarem as medidas cabíveis”.

A coordenadora da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, conselheira Maria Auxiliadora Ribeiro Vilalba Fortunato ponderou que o Laboratório de Águas é uma ferramenta importante para o controle social da qualidade da água consumida pela população.

Os resultados das amostras serão publicados ao final de cada ano para contribuir para o acesso à informação para a população.

Reclamações - A Ouvidoria da SESAU (3314-9955) recebe as reclamações sobre a qualidade da água fornecida pela concessionária de abastecimento. Devido a prioridade da demanda, que inclui principalmente risco à vida de outras pessoas, as reclamações são encaminhadas imediatamente à CVA para as devidas providências.

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