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Capital

Após entulho provocar acidente, moradores reclamam de calçada suja

Luciana Brazil | 27/08/2012 15:59
Entulho causa acidente e moradores clamam por alguma atitude na via. (Fotos:Minamar Júnior)
Entulho causa acidente e moradores clamam por alguma atitude na via. (Fotos:Minamar Júnior)

A morte de um jovem de 22 anos no último sábado (25), no bairro José Abrão, em Campo Grande, poderia ter sido evitada com a destinação correta do lixo. A afirmação pode soar estranha, mas o acidente que tirou a vida de Rodrigo Queiroz do Nascimento foi causado por um entulho de pedras na rua.

Rodrigo voltava para casa de carona na moto do colega Marcelo Lopes, 34 anos. Na rua Teodoro de Carvalho, Marcelo se desequilibrou ao bater no monte de pedras que estão jogadas na via. Rodrigo foi lançado por cima da moto, quebrou o pescoço e morreu no local. Marcelo foi socorrido com vários machucados pelo corpo.

A quantidade de lixo denuncia o descaso. Não existe calçada. Uma delas está tomada pelo mato e na outra os destroços e a imundice não permitem a passagem. Os pedestres precisam se espremer na rua, dividindo a via com os vários caminhões que passam em alta velocidade.

Sinalização para os carros também não há. Faixas, placas ou qualquer outro sinal de “trânsito em ordem” não existem. O lugar serve como lixão e a rua está em situação precária.

O presidente do bairro, Gilberto Carlos Correa Lopes, 56 anos, irmão de Marcelo, condutor da moto, frisou que outros acidentes ainda podem acontecer. “Se nada for feito, pode morrer outra pessoa. Infelizmente”, disse. Há cinco anos a calçada segue tomada pela falta de educação da população.

Segundo ele, o lixo não é jogado no local por moradores do José Abrão. “São pessoas que vem de madrugada ou à noite e jogam aí. Mas é gente de fora”.

Jorge e Gilberyo mostram onde moto bateu na noite de sábado.
Jorge e Gilberyo mostram onde moto bateu na noite de sábado.

Morador do bairro, o autônomo Jorge Coronel, 42 anos, afirmou que duas meninas já foram atropeladas a menos de 30 metros de onde Rodrigo morreu. A região é cercada por chácaras e, segundo Jorge, a maior parte das pessoas só anda a pé.

Crianças e senhoras de idade caminham pela rua para ter acesso à escola estadual, dentro do bairro. “É muito perigoso. Não tem luz, não tem calçada e ainda tem o lixo para atrapalhar. É muito perigoso”, destaca Jorge.

O movimento de caminhões é grande e em cinco minutos de entrevista com Jorge e Gilberto, sete caminhões passaram pelo rua, uma ameaça para os pedestres. “Tinha que ter um radar ou um quebra-molas, além de limparem a calçada e tirar o lixo”, frisou Gilberto.

O presidente do bairro afirmou que a calçada com entulho faz parte do terreno de um imóvel do Sesi (Serviço Social da Indústria de Mato Grosso do Sul). Já a outra calçada, tomada pelo mato, é de uma chácara particular.

Providências: De acordo com a prefeitura, a limpeza da calçada é responsabilidade do proprietário.

O diretor de Trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte de Trânsito) Janine de Lima Bruno informou que o bairro José Abrão já está na programação da Agetran para receber as sinalizações. “Nós estamos realizando este trabalho em outras duas áreas grandes da cidade”.

Segundo Janine, devido a essas outras regiões, a sinalização na rua Teodoro de Carvalho, e em todo bairro José Abrão, poderá demorar cerca de 90 dias.

*O Campo Grande News entrou em contato com o Sesi, que ainda não deu um posicionamento.

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