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Capital

Após Itel, outra empresa demite 40 na área de informática do município

Ricardo Campos Jr. | 20/10/2015 16:16
Funcionários da PSG receberam notificação de aviso prévio nesta terça (Foto: divulgação)
Funcionários da PSG receberam notificação de aviso prévio nesta terça (Foto: divulgação)

Funcionários da PSG Tecnologia Aplicada, que prestam serviços terceirizados de informática para o município, denunciam demissão em massa ocasionada por suposto calote da prefeitura. Um colaborador, que pediu para não ser identificado, afirma que ter recebido notificação de aviso prévio nesta terça-feira (20). A justificativa foi que a companhia está sem receber parcelas de um acordo firmado com o poder público para quitar repasses pendentes.

O documento informa que o trabalhador será dispensado dentro de 33 dias a contar desta quarta-feira. Segundo ele, a corporação atua na manutenção e reparos dos computadores de postos de saúde, secretarias e da Casa da Mulher Brasileira.

João José Machado, presidente do SPPD (Sindicato dos Profissionais de Processamento de Dados e Tecnologia da Informação), afirma que não foi comunicado oficialmente a respeito da decisão da PSG, mas soube informalmente a respeito da situação. Ele diz que a empresa tem efetivo de aproximadamente 40 pessoas atuando junto ao poder público. A entidade atualmente tem uma ação na Justilça cobrando multa pelo atraso no pagamento deste mês.

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), desconhece qualquer problema envolvendo a empresa. Ele afirma que todos os contratos da Capital estão passando por auditorias e aqueles com irregularidades, ou cujo cumprimento não esteja sendo feito de forma adequada, vão sofrer sanções, que podem chegar à suspensão.

Conforme o gestor municipal, a PSG seria comandada pelo empresário João Baird, dono da Itel Informática, investigado pela PF (Polícia Federal) por envolvimento em um esquema de fraudes em licitações e desvio de verbas públicas.

A Itel teve o contrato com o município rescindido após recomendação do Ministério Público Estadual. No entanto, a empresa ainda mantém contratos com órgãos estaduais e a prefeitura contratou 40 dos 92 funcionários da companhia que antes executavam os trabalhos de forma terceirizada.

Bernal explica que existe um projeto para, a longo prazo, conferir maior autonomia ao IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia de Informação) para que não haja dependência de terceirizações para execução de serviços. Por enquanto, o órgão não tem recursos humanos e estrutura suficientes para assumir todas as funções dessas companhias. Ele sequer teve o chefe nomeado.

O Campo Grande News entrou em contato com a PSG, mas foi informado pela atendente que a única pessoa autorizada a passar qualquer tipo de informação está viajando e nenhum dos demais funcionários poderia conversar com a imprensa.

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