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Capital

Com medo da fuga de clientes, bares de Capital defendem qualidade das bebidas

Estabelecimentos divulgam notas para garantir a clientes a procedência dos produtos

Por Gabi Cenciarelli | 03/10/2025 15:48
Com medo da fuga de clientes, bares de Capital defendem qualidade das bebidas
Pessoas ingerindo bebidas em bar de Campo Grande (Foto: Arquivo)

A primeira morte suspeita por ingestão de bebida com metanol em Mato Grosso do Sul, registrada na noite de quinta-feira (2) em Campo Grande, já repercute no setor de entretenimento. Bares e casas noturnas da Capital têm se manifestado nas redes sociais para tranquilizar clientes e alegar transparência sobre a origem dos produtos vendidos.

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Após a primeira morte suspeita por ingestão de bebida com metanol em Mato Grosso do Sul, estabelecimentos de Campo Grande reforçam a transparência sobre a origem de seus produtos. Bares e casas noturnas utilizam redes sociais para tranquilizar clientes, garantindo que trabalham apenas com fornecedores oficiais e produtos regulamentados. A Polícia Civil investiga o caso, mas ainda não confirmou a presença de metanol. Por precaução, estabelecimentos optaram por não repor estoques até a conclusão das análises, prevista para 30 dias. A Abrasel-MS acompanha a situação e oferece treinamento gratuito para evitar a compra de bebidas adulteradas.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil. O delegado Wilton Vilas Boas, da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), afirmou que até agora não há confirmação da presença de metanol, apenas a suspeita de intoxicação por bebida alcoólica. Amostras foram recolhidas e encaminhadas para análise, que deve ser concluída em até 30 dias.

Por cautela, garrafas de cachaça e vodca foram apreendidas em um mercado no Bairro Alves Pereira, durante operação da Decon e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), mas nenhum estabelecimento foi autuado, já que estava regular. Em nota, o Governo do Estado informou que acompanha a apuração, lamentou a morte e manifestou solidariedade à família.

Com medo da fuga de clientes, bares de Capital defendem qualidade das bebidas
Postagem do Yalla após morte suspeita (Foto: Divulgação)

Reação dos bares - No Yallah CG, a postagem mistura tom de descontração com alerta. A casa ressaltou que sempre trabalhou com fornecedores oficiais e que “nunca entrou caminhão sem identificação na porta do restaurante”. Segundo o comunicado, o estoque foi checado e está em ordem, mas, por precaução, não haverá reposição de bebidas até que as autoridades concluam as análises. “Não estamos acusando nenhuma distribuidora, mas coisas acontecem. Vamos trabalhar com o que temos para não correr riscos”, explicou a nota.

O Vexame Bar também se posicionou, detalhando que os destilados vendidos são comprados em atacadistas conhecidos — como Fort, Atacadão e Comper — ou em distribuidoras tradicionais, como a Ambev. Todas as compras, segundo a publicação, são acompanhadas de nota fiscal. O bar informou ainda que, neste fim de semana, não fará novas aquisições de bebidas, preferindo usar apenas o estoque já existente. “A decisão é para não gerar pânico nem expor nossos clientes a risco”, pontuou.

A Malibu Bartenders, especializada em coquetelaria para eventos, divulgou uma nota mais institucional, reforçando que a empresa segue protocolos rígidos de curadoria. “Cada garrafa que chega até nós tem procedência comprovada. Mais do que preparar drinques, nosso compromisso é oferecer tranquilidade e confiança”, diz o comunicado.

Com medo da fuga de clientes, bares de Capital defendem qualidade das bebidas
Pronunciamneto do bar vexame sobre o caso (Foto: Divulgação)

Já o Valley CG adotou um discurso direto, afirmando que todas as bebidas comercializadas são adquiridas exclusivamente de fornecedores e distribuidoras oficiais, também com nota fiscal. A publicação destacou que a preocupação é garantir “qualidade, confiança e transparência em cada dose servida” e concluiu com a mensagem: “Bebida boa, festa boa e responsabilidade sempre”.

Em nota, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em Mato Grosso do Sul disse que acompanha a situação relacionada aos casos de metanol e que tem buscado informações junto à Vigilância Sanitária e à Decon para proteger empresários e consumidores. A entidade também informou que a Abrasel nacional oferece treinamento online e gratuito para ajudar bares e restaurantes a evitar a compra de bebidas adulteradas.

A nota reforça que o setor, em sua imensa maioria, é formado por empresários sérios e comprometidos com os clientes.

Com medo da fuga de clientes, bares de Capital defendem qualidade das bebidas
Nota da Valley sobre o caso (Foto: Divulgação)

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