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Capital

Após noitada regada a drogas, dupla estupra camareira de motel

Um dos suspeitos foi preso em flagrante e o outro está foragido. Caso é investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher)

Geisy Garnes e Bruna Kaspary | 20/12/2018 10:46

Uma camareira de 49 anos foi estuprada após tentar retirar dois clientes de um dos quartos de um motel da Avenida Bandeiras, no Jardim Nhanha, na noite de terça-feira (18), em Campo Grande. Segundo a polícia, os suspeitos cometeram o crime após uma noitada regada a drogas. Um dos autores, Adilson Careces de Souza de 29 anos, foi preso em flagrante.

Conforme a delegada Sueili Araujo Lima Rocha, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à mulher), em depoimento a vítima detalhou que os suspeitos chegaram ao motel por volta das 20 horas, acompanhados de uma garota de programa. Horas depois, a mulher foi embora e os dois homens permaneceram por mais duas horas no local.

A camareira então foi ao quarto avisar que haviam “extrapolado” o tempo e por isso precisavam sair, mas ao bater na porta foi puxada para dentro do quarto. Ali teve a roupa rasgada pelos suspeito, foi estuprada e agredida por Adilson Careces de Souza.

Para a delegada, a vítima contou que gritou por socorro, mas teve as mãos amarradas e a boca amordaçada com um pano. Ainda assim, o filho da proprietária do motel, de 53 anos, ouviu os gritos da funcionária e foi até o quarto em que o crime acontecia.

Percebendo que a porta estava “trancada” com um frigobar, bateu e foi recebido pelo segundo suspeito, identificado até o momento como “Cabeção”. O homem alegou que o amigo estava com uma garota de programa, mas um novo grito da vítima fez o funcionário forçar a porta e entrar no quarto. Ele encontrou a camareira no chão, nua e Adilson em cima dela.

Ao Campo Grande News, a delegada relatou que a testemunha estava com um cassetete e tentou ajudar a vítima. Adilson chegou a tomar o bastão das mãos do homem, que conseguiu pegar a “arma” de volta e correu para chamar a polícia. “Cabeção” ainda tentou persegui-lo, mas mudou de ideia e fugiu após pular um muro de 4 metros.

O filho da proprietária correu até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, que fica próxima ao motel e voltou com policiais civis. No local, os investigadores encontraram mais uma vez a porta do quarto fechado pelo suspeito. Após aviso de que ela seria arrombada, Adilson se entregou.

“Quando a polícia chegou, ainda encontrou ele por cima da vítima. Isso mostra que mesmo depois do flagrante ele voltou para estuprar a vítima”, detalha a delegada. No quarto os policiais encontraram porções de pasta base e também de cocaína, além de vestígios de que os suspeitos fizeram o uso excessivo das drogas.

Durante o interrogatório, Adilson mostrou frieza e calma. Segundo a delegada, a todo momento ele tentava desqualificar a vítima, afirmando que ela “queria manter relações sexuais com ele”. “A violência ficou explícita pelos machucados da vítima, que também foi agredida e principalmente pelas imagens de câmeras de segurança”, reforçou. A imagens não foram divulgadas pela polícia.

A vítima contou ainda que dentro do quarto foi ameaçada pelo suspeito, que a todo momento falava que se ela não fizesse o que ele mandava, iria matá-la. Para a delegada, a camareira afirmou acreditar que também seria estuprada pelo outro homem caso a testemunha não tivesse ouvido seus gritos. “Ela descreveu que “Cabeção” ficou observando como se estivesse esperando sua vez”.

O segundo suspeito é procurado pela polícia e assim como Adilson vai responder por estupro. “Ele pode não ter praticado o ato, mas ajudou no crime”. Os dois ainda serão investigados por tráfico de drogas, a intenção é esclarecer se a dupla vendia a pasta base dentro do motel.

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