Após perda de patente, ex-PM que teve filho morto pelos Name tem salário cassado
Decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira e decorre da cassação de seus proventos
O governo de Mato Grosso do Sul determinou a suspensão do salário do ex-capitão da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como PX. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (16) e decorre da cassação de seus proventos após decisão judicial que resultou na perda do posto e da patente.
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O ex-capitão da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Paulo Roberto Teixeira Xavier, teve seu salário suspenso por determinação do governador Eduardo Riedel. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, é consequência da perda de posto e patente determinada judicialmente. Xavier recebia salário bruto de R$ 19.491,56. Em 2019, Xavier teve seu filho Matheus morto por engano em Campo Grande, em atentado direcionado a ele por membros da família Name, acusada de comandar uma milícia. Após mudar-se para o Paraná, foi investigado na Operação Money Poup por suspeita de crimes como corrupção e falsidade ideológica. Anteriormente, já havia sido preso na Operação Las Vegas em 2009.
Conforme com o portal da transparência, no mês de abril o salário bruto do ex-militar foi de R$ 19.491,56, com rendimento líquido de R$ 16.581,52.
Em 2019, Paulo Xavier teve o filho, Matheus Coutinho Xavier, morto por engano quando manobrava a sua caminhonete na frente de casa, no Jardim Bela Vista, em Campo Grande. A investigação da Operação Omertà apontou que os disparos, efetuados com um fuzil AK-47, eram direcionados a Xavier, então considerado traidor por membros da família Name, para quem trabalhou, grupo condenado por formar uma milícia armada no Estado.
Após a tragédia, Xavier deixou Mato Grosso do Sul e passou a viver no Paraná, onde atuava como despachante. Ele abriu a empresa Poup Tempo, registrada na Receita Federal para atuação no setor. Porém, no ano passado, foi alvo da Operação Money Poup, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A operação investigou crimes como associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro, envolvendo a 86ª Ciretran de Sarandi.
A trajetória de Xavier também inclui histórico anterior de envolvimento em investigações criminais. Em 2009, ele foi preso durante a Operação Las Vegas, em MS, que envolveu forças estaduais e a Polícia Federal no combate à máfia dos jogos de azar. Na Justiça Militar, chegou a ser punido por conduta inadequada ao posto de oficial.
Com a cassação de seus proventos, Paulo Xavier deixa de receber os vencimentos como militar reformado e permanece sob os efeitos das decisões judiciais decorrentes de sua trajetória funcional e criminal.
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