Após perseguição, homem é flagrado com Golf lotado de alto-falantes
A mesma mercadoria também foi apreendida em um Megane, cujo motorista fugiu. Os produtos foram comprados no Paraguai e não tinham documentação fiscal
Após perseguição pela MS-060, entre Sidrolândia e Campo Grande, na manhã deste sábado, policiais militares apreenderam diversos alto-falantes comprados no Paraguai e que estavam sem documentação fiscal.
As mercadorias eram transportadas em dois veículos: um Golf de placas de Anápolis, Goiás, e um Megane, de placas de Brasília, Distrito Federal.
De acordo com a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), os motoristas dos dois veículos não obedeceram a ordem de parada, dando início à perseguição que terminou na entrada da área urbana da Capital, quando os policiais rodoviários e de outras unidades cercaram os carros.
O motorista do Golf parou o carro no acostamento. Já o do Megane virou em outra via, passou por uma cerca e abandonou o veículo em um matagal, fugindo em seguida.
Quando os policiais abriram a primeira porta do Golf, um alto-falante caiu, indicando que o automóvel estava abarrotado do produto. O condutor, Ernando Vieira Nascimento, 33 anos, disse que comprou os produtos em Pedro Juan Caballero, Paraguai, e iria revender em sua loja, em Rio Verde.
Ele fala que não recebeu ordem de parada e por isso continuou a viagem. “Ninguém mandou eu parar em barreira nenhuma. Eu passei e eles foram atrás. Pensei que eles estavam indo atrás de bandido”, justifica Ernando.
No Megane abandonado pelo condutor também havia diversos auto-falantes. Questionado se o motorista do Megane era seu conhecido, Ernando disse que não e declarou que o fato de estarem com o mesmo tipo de produto foi apenas coincidência. “ É coincidência de promoção”, falou.
Ernando contou também que chegou na fronteira na quarta-feira e que já havia viajado outras “duas, três vezes” para comprar mercadorias no Paraguai. “Faço isso pela precisão de sustentar a família”.
O comerciante falou ainda que devia ter aproximadamente 100 alto-falantes no carro, comprados a cerca de R$ 70 e que seriam revendidos a R$ 140/ R$ 150. Para caber toda a mercadoria, até o pneu de estepe foi mudado de lugar.
O tenente Maurício Flores, da PRE, explica que um Bora de cor preta, atrapalhou a perseguição, não dando passagem para ultrapassagem das viaturas e por isso acredita que o motorista também tenha ligação com os condutores do Golf e do Megane. A suspeita é de que o Bora atuava como batedor.
Participaram da ação 15 viaturas: PRE, 1º, 10º e 9º Batalhões e Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).